Este estudo tem por objetivo refletir sobre a influência do racismo na formação da identidade da criança negra, aqui, especificamente, da criança preta. Essa temática toma corpo diante das muitas matérias jornalísticas denunciando ações de violência cotidiana dirigidas às pessoas negras. Esse é um trabalho com foco em dados bibliográficos, em que se envereda pela literatura que atravessa os temas em foco, tais como; construção da identidade; construção histórico-social do racismo, em destaque o racismo estrutural, a formação da identidade infantil e a identidade da criança negra. Nesse contexto, foi destacado que o processo histórico e cultural definiu uma identidade negra aversiva aos indivíduos, os sujeitos compuseram seu arsenal comportamental com contingências que legitimam a raça dominante, branca, eurocêntrica e masculina. Tomando por base uma identidade que passam por processos que buscam aproximação da identidade grupal e individual que enalteçam as características fenotípicas e culturais dos homens brancos, visando um distanciamento constante de tudo que aproxime da origem negra, num processo de manutenção dos padrões de respostas reconhecidos pela ideologia dominante, desde as manifestações culturais, religiosas, a depreciação do fenótipo do povo negro. O reconstruir e recuperar a identidade racial do povo negro, sua origem histórica e cultural passa a ser a constituição do resgate da identidade negra, como um processo de resistência.
Fundamentada na perspectiva da psicologia escolar e educacional crítica, a presente pesquisa, realizada em um município baiano, objetivou conhecer as concepções de educadores e psicólogos sobre o encaminhamento das crianças com queixa escolar para serviços de saúde e investigar as modalidades de atendimento a esse fenômeno. De caráter qualitativo e exploratório, foi realizada uma entrevista semiestruturada, aplicada de forma individual, totalizando 12 participantes, cujas respostas foram organizadas em categorias temáticas relacionadas aos objetivos da pesquisa. Nas entrevistas, prevaleceu a concepção de que questões de ordem educacional e também familiares/sociais justificam os problemas de escolarização das crianças, cujo encaminhamento aos serviços de saúde tem sido a alternativa possível, mas não a ideal para avaliação e intervenção. Espera-se que os referidos achados suscitem novos estudos sobre o tema investigado, especialmente no município em questão, que favoreça o fortalecimento dos pressupostos da psicologia escolar/educacional crítica no meio acadêmico. Ressalta-se ainda a necessidade de fomentar essa discussão de forma intersetorial na rede municipal de educação e saúde, problematizando a compreensão e atendimento às queixas escolares, e que se possam produzir práticas psicológicas e educativas críticas e emancipadoras.
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