O receio em nosso meio, em se retardar, erroneamente, a revascularização do miocárdio (RM) em pacientes idosos determinou a realização deste estudo. Um total de 361 pacientes foram, consecutivamente, submetidos a RM entre 1992 e 1995, no InCór, dos quais 30,7% eram mulheres, 69,3% homens; 36,7% encontravam-se em classe funcional III/IV. Foi realizada análise univariada com 19 fatores perioperatórios e, a seguir, multivariada (regressão logística) com as variáveis que mostraram associação significativa (p < 0,005). Os fatores prognósticos da morbidade operatória foram: diabete melito, ICC, angina instável. Os pós-operatórios foram: acidente vascular cerebral, insuficiência renal, infecção e suporte respiratório prolongado. Concluímos que a revascularização do miocárdio pode ser realizada em pacientes com idade avançada, acompanhada de excelentes resultados (baixa mortalidade operatória) especialmente pacientes em classe funcional de ICC não muito avançada, propiciando melhora significativa da qualidade de vida.
The trend in Brazil of erroneously delaying myocardial revascularization in the elderly determined this study. Three hundred consecutive elderly patients (mean age: 73,92, standard deviation: 3.32). Between October 1992 and July 1995, 361 consecutive patients underwent isolated coronary artery bypass grafting, of whom 111 (30,7%) were females and 250 (69,35) males. There were 128 (35,5%) diabetic patients and 128 (36,7%) were in NYHA III/IV. Univariate analysis per-operatory of 19 factors followed by multivariate logistic regression analysis of the significant variables (p 0.005) were done. Major complication ocurred in 178 (49.3%) and were independent predictors of operative morbidity: Diabetes mellitus, NYHA funcional classification, urgent cases and DP2. There were 33 (9,1%) in hospital deaths, and diabetes mellitus, NYHA functional classification, unstable pre-operative angina and cerebral vascular acidents, renal failure, infection and insufficiency respiratory failure were independent predictors of operative mortality. We concluded that coronary artery bypass grafting is possible in elderly patients with a favorable outcome, especially when done in patients with normal to moderately depressed left ventricular function