IntroduçãoA neuralgia do trigêmeo se caracteriza através de episódios recorrentes de dor severa, localizada em pequenas áreas do rosto. Acredita-se que a sua principal causa seja por uma compressão do quinto nervo craniano por uma alça arterial ou venosa aberrante, levando à desmielinização das fibras sensoriais do nervo trigêmeo. Alguns estudos têm demonstrado que o uso de Toxina Botulínica do tipo A (Tb-A) apresenta efeitos positivos no manejo da neuralgia do trigêmeo. O objetivo desta revisão é avaliar a eficácia terapêutica da Tb-A no manejo da dor em pacientes com NT.Material e MétodosTrata-se de uma revisão sistemática da literatura, delineada nos 4 critérios da estratégia PICO, nos bancos de dados PubMed e Lilacs. Os descritores utilizados foram: “ trigeminal neuralgia AND Botulinum toxin type A”, sendo selecionados apenas os ensaios clínicos randomizados, metanálises e relatos de caso publicados nos últimos 10 anos. Excluiu-se os estudos que não se enquadravam nos objetivos, restando 15 artigos para compor a revisão.ResultadosUm dos estudos analisados concluiu que a Tb-A é uma estratégia eficiente e segura no alívio da dor em pacientes com NT, com impactos positivos na ansiedade, depressão e qualidade do sono, sendo que as taxas de eficácia analisadas após 1, 2, 4 e 6 semanas de tratamento foram 48,28%, 66,67%, 78,16% e 80,46%, respectivamente. Também, um ensaio clínico que avaliou 15 pacientes com NT tratados com Tb-A concluiu que houve redução da frequência e da severidade dos ataques de dor em todo o grupo, sendo que em 7 pacientes (46%) a dor foi completamente erradicada e não houve necessidade de mais medicação, em 5 os antiinflamatórios não esteroides (AINEs) foram suficientes para aliviar os ataques de dor e apenas em 3 pacientes houve a necessidade do uso de medicamentos anticonvulsivantes após a injeção da toxina. Por fim, um relato de caso acompanhou um paciente em uso carbamazepina há 3 anos para tratamento da NT, que foi submetido a injeção de 50 U de Tb-A intramuscular no masseter, concluindo que esse tratamento produziu efetiva diminuição da dor por cerca de 5 meses nesse paciente. Os estudos não encontraram efeitos colaterais significativos secundários ao uso da Tb-A.ConclusãoA Tb-A se mostrou uma opção terapêutica segura e efetiva no manejo da dor dos pacientes com NT, reduzindo o consumo de AINEs e antiepiléticos, aumentando a qualidade de vida e do sono e, consequentemente, diminuindo os escores de depressão e ansiedade.
IntroduçãoA migrânea trata-se de uma doença neurológica que acarreta diminuição da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e está entre as dez principais causas de incapacidade relacionada à doença no mundo. O galcanezumab trata-se de um anticorpo monoclonal que se liga seletivamente ao peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) e impede sua atividade biológica. O objetivo deste estudo é revisar a literatura dos últimos dois anos acerca da eficácia do anticorpo monoclonal galcanezumab no manejo e na prevenção da migrânea.Material e métodosFoi realizada uma revisão sistemática da literatura, delineada com base nos quatro critérios da estratégia PICO, no banco de dados PubMed, com os descritores: “Galcanezumab AND Migraine AND (Treatment OR Prevention)”. Foram selecionados apenas os ensaios clínicos e as metanálises publicadas nos últimos dois anos (n = 20 artigos). Excluiu-se os estudos que não se enquadravam nos objetivos, restando 15 artigos.ResultadosTodos os estudos analisados concluíram que o galcanezumab foi uma opção terapêutica segura e tolerável no manejo e na prevenção da migrânea, sendo que quatro destes afirmaram não haver diferença significativa entre as dosagens 120 mg e 240 mg em relação à eficácia e segurança do fármaco. Assim, um estudo randomizado, duplo cego, mostrou que o tratamento com esse anticorpo monoclonal teve eficácia logo na primeira semana na maioria dos pacientes. Além disso, aqueles que não responderam na primeira semana tenderam a responder no segundo ou terceiro mês de tratamento, indo de acordo com outro estudo que afirmou que os pacientes com migrânea episódica e crônica tratados com galcanezumab sem resposta após 1 mês, tiveram uma probabilidade significativa de melhora contínua nos meses seguintes após o tratamento inicial. Também, um ensaio clínico de grupo controle, randomizado, duplo-cego, de fase 3, mostrou que esse anticorpo monoclonal proporcionou uma melhora clínica significativa de 75% na frequência dos episódios de migrânea. Ademais, dois estudos evidenciaram que após o encerramento do tratamento preventivo da migrânea com galcanezumab houve uma redução da melhora, mas sem voltar aos níveis basais de dor.ConclusãoO anticorpo monoclonal galcanezumab mostrou-se uma alternativa terapêutica eficaz e segura no manejo e na prevenção da migrânea, reduzindo a frequência das crises e aumentando a QVRS desses pacientes, além de causar uma redução da dor mesmo após o encerramento do tratamento.
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