Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar o efeito de longo prazo da volatilidade da taxa de câmbio real efetiva sobre os produtos básicos, semimanufaturados e manufaturados exportados do Brasil para os principais parceiros econômicos, sendo estes Estados Unidos, União Europeia e Mercosul. A literatura teórica é controversa com relação aos efeitos esperados da volatilidade sobre as exportações. O presente estudo avança em relação à literatura empírica reunida aqui em duas direções: na metodologia de mensuração empregada na volatilidade e na categoria de produtos utilizados. Para tanto, foi empregada a abordagem de cointegração via modelo ARDL, teste de Fronteira de Pesaran, Shin e Smith (2001). Os principais resultados são que há evidência de que a volatilidade tem um impacto negativo sobre as exportações brasileiras com destino ao Mercosul. Quanto às exportações para os Estados Unidos, os resultados são contraditórios, dado que apresentaram uma relação negativa entre a volatilidade e exportações dos produtos manufaturados e semimanufaturados e uma relação predominantemente positiva na análise desagregada em capítulos da NCM. Por fim, para a União Europeia, apenas na análise desagregada ocorreu a relação estatística de longo prazo entre volatilidade e exportações. Neste caso, a predominância das relações foi negativa.Palavras-chave: Volatilidade cambial. Exportações. Cointegração.
A recente tendência de uma maior mobilidade das firmas nos mercados proporciona as condições necessárias para a evolução da competição em impostos entre estados. Mas se estes concomitantemente concedem um benefício fiscal, é preciso investigar qual deve ser a decisão da empresa, que deve passar também pela consideração de outros fatores determinantes do investimento. Na literatura nacional há um campo ainda a ser percorrido neste sentido, na medida em que os estudos tendem a ressaltar o problema dos benefícios fiscais do ponto de vista dos estados. Por esta razão, no presente artigo o objetivo é tratar a guerra fiscal pelos efeitos que ela gera em torno das decisões de localização das firmas. Como estudo de caso, tomaram-se por base as regiões da Zona da Mata mineira e dos municípios fluminenses. Utilizando o modelo de Poisson, os resultados confirmam o efeito de atração de firmas pela região que concede benefícios fiscais, bem como a importância de salários e atributos como aglomeração industrial e PIB. Neste sentido, ao priorizarem uma competição regional em termos de impostos e não darem ênfase a políticas de desenvolvimento de longo prazo, os governos estariam em consonância com o que parece ser o comportamento locacional das empresas.
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