As análises sobre objetos líticos têm constantemente ampliado seu espectro interpretativo, principalmente, no caso dos trabalhos que versam a partir de uma perspectiva de compreensão tecnológica. Diante dessa ampliação, a partir desse texto, busca-se contribuir com os aspectos epistemológicos nas análises de instrumentos líticos, através da articulação ou complementaridade do conceito de Técnicas Corporais preconizado por Marcel Mauss (1950), juntamente com a perspectiva da Educação da Atenção de Tim Ingold (2010). Partimos de uma perspectiva hipotética de que os atos efetivados na confecção de instrumentos líticos possuem uma dimensão tradicional, considerando a influência das gerações anteriores e o repasse dos modos de produção para as novas gerações; assim como possuem, também, uma dimensão eficaz relativa, tendo em vista que nem sempre a eficácia da transmissão dos aspectos culturais de produção dos instrumentos líticos é apreendida por justaposição pela estrutura mental dos indivíduos. Assim, a interpretação dos instrumentos líticos, no que concerne os modos de produção e uso desses instrumentos em seus respectivos contextos sistêmicos, manifesta também uma propensão interpretativa sob uma ótica de ensino, naquilo que diz respeito a transmissão de aspectos culturais balizados por uma temporalidade intrínseca ao contexto presente dos indivíduos. Buscam-se, assim, princípios interpretativos que suplantem parâmetros vinculados apenas às óticas padronizadas sobre os instrumentos líticos, superando, desse modo, análises que desconsideram aspectos que não são abrangidos por padronização de comportamentos.
O presente artigo intitulado Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Criativo do Pelourinho (SNCT Pelô): Ciência para a Redução das Desigualdades é fruto de um estudo de caso, com abordagem de pesquisa-ação, realizado junto a iniciativa de popularização da Ciência, Tecnologia, Inovação (CTI) e Empreendedorismo, do Centro de Referência em Desenvolvimento e Humanidades (CRDH), instituto de pesquisa considerado estratégico pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), através da Resolução CONSU 1247/2016, que tem como principal ação a realização da SNCT Pelô, voltada para um público interativo formado por estudantes da rede de educação básica e profissional; universitários (graduação e pós-graduação); professores (educação básica e superior), ICTS; Empreendedores Econômicos Sociais Solidário e Criativos (EESSC), gestores públicos; profissionais do terceiro setor; e o público em geral. O objeto da SNCT Pelô é justamente popularizar a CTI e o Empreendedorismo, como toda a sociedade baiana e brasileira, considerando essa uma medida essencial na formação de uma cultura de criatividade e inovação em nossa sociedade; empreendedorismo de vanguarda; e fazer da CTI um eixo essencial do desenvolvimento sustentável do país; Diante desse objeto o objetivo geral da iniciativa da SNCT Pelô é popularizar a ciência junto a toda sociedade baiana e brasileira, principalmente, junto ao público alvo do programa nacional da SNCT, priorizando os grupos em situação de maior vulnerabilidade. Nesse sentido, o Distrito Criativo do Pelourinho que fica no Centro Antigo e Histórico de Salvador, se mostra como um centro de convergência dessas discussões, envolvendo grupos e pessoas de nosso estado. Como objetivos específicos estão: participar do esforço acadêmico pela popularização da CTI em nosso país desenvolvido com a SNCT; capacitar o público interativo do CRDH/UNEB voltado para essa questão; difundir temas internacionais; fazer da CTI um eixo para o desenvolvimento sustentável em nosso país. O mundo está em mudança, a sociedade do conhecimento se desenvolve na velocidade imposta pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e projetos dessa natureza justificam-se pela importância de refletir sobre essas questões, popularizar a ciência com o conjunto da população e fortalecer o desenvolvimento sustentável do país. A SNCT Pelô trata de problemas como: ausência de uma cultura e estímulo à CTI em nossa juventude; ausência de uma cultura de inovação em nossas empresas; baixo investimento do setor privado na área da CTI; ausência da cultura de empreendedorismo de vanguarda em nossa juventude; baixa competitividade da indústria e força de trabalho no Brasil em razão da defasagem tecnológica; baixo interesse e proteção à propriedade intelectual; Todos os problemas causados pela dependência tecnológica. A Universidade do Estado da Bahia (UNEB), através da equipe do CRDH, já realiza a SNCT desde o ano de 2007 e dispõe de resultados comprovados quanto a contribuição dessa política para o avanço do setor da CTI na Bahia e no Brasil. Como resultados poderíamos destacar: Realização de 13 edições da SNCT com público médio de 1.000 pessoas; Produção de dezenas de tecnologias sociais, produtos, serviços, projetos e processo de cunho acadêmico e científico voltados para a inclusão social e produtiva dos grupos atendidos; Capacitação tecnológica de mais de 12.000 pessoas diretamente, atingindo uma rede de mais de 600 mil pessoas em todo país; Produção de dezenas de comunicações de pesquisa sobre a temática da SNCT; Formação de estudantes de doutorado, mestrado, iniciação científica, professores investigadores; entre outros; Fortalecimento institucional dos grupos e movimentos sociais; Ampliar a cultura de CTI na Bahia.
O presente trabalho tem como objetivo apresentar a variação das lâminas de machado polidas analisados entre sete coleções arqueológicas no Estado do Rio Grande do Norte, a partir de uma perspectiva tecno-morfológica. A maioria dos artefatos dessas coleções se constituíram de doações, trocas e compras, como também a partir de achados fortuitos por colecionadores particulares, onde esses processos ocorreram desde a década de 1950, o que acarretou a formação de acervos de museus e de particulares. Em ambos os casos, há uma grande perda de informações quanto aos contextos específicos e de possíveis cadeias produtivas. No geral, as peças que têm como técnica final na sua fabricação o polimento por toda a superfície do instrumento, apresentam-se em 18 variantes em suas morfologias. Além de superfícies polidas, algumas lâminas apresentam também outras marcas, como o picoteamento, sobretudo para dar a forma geral de cada artefato. Por último, levando-se em conta que a grande maioria destas são desprovidas de dados sobre os seus contextos arqueológicos, apresentamos aqui o entendimento geral na reconstituição da cadeia operatória desses líticos polidos.
O presente artigo apresenta dados inéditos sobre a tecnologia lítica dos sítios arqueológicos pré-coloniais conhecidos como estearias, nome que advém dos esteios que sustentavam as habitações semelhantes às palafitas em ambiente alagado. Estes assentamentos estão localizados na Baixada Maranhense – região estuarina composta por rios e lagos próxima à Ilha de São Luís, no estado do Maranhão. Os líticos desses sítios são constituídos por diferentes instrumentos polidos (lascados e picoteados), que, a partir da reconstituição de suas cadeias operatórias, foram classificados visando compreender aspectos como matérias-primas, tecnologias e possíveis usos.
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