Objetivou-se verificar a prevalência e os fatores associados à pressão arterial (PA) elevada em adolescentes de um município Brasileiro. Estudo transversal, conduzido em 653 adolescentes (57,9% do sexo feminino) de 14 a 19 anos de idade, estudantes do ensino médio. A Pressão arterial sistólica (PAS) e a diastólica (PAD) foram mensuradas em todos os sujeitos. Variáveis sociodemográficas, do estilo de vida e índice de massa corporal foram obtidas. Regressão logística binária, bruta e ajustada, foi empregada com nível de significância de 5%. A média da PAS e PAD foi de 111,9 mmHg e 69,9 mmHg, respectivamente. A prevalência de PA elevada foi de 12,4%. Na análise multivariável foi identificado que jovens do sexo masculino (OR: 2,37; IC95%: 1,45-3,90), com escolaridade materna de até oito anos (OR: 1,84; IC95%: 1,03-3,30) e com excesso de peso (OR: 3,79; IC95%: 2,23-6,43), apresentaram maiores chances de PA elevada. O termo de interação entre sexo masculino e excesso de peso representou o subgrupo com maiores chances de PA elevada (OR: 6,41; IC95%: 3,00-13,16). Níveis pressóricos elevados acometem adolescentes da cidade de Ponta Grossa, Paraná, e os grupos com maiores chances de PA elevada foram os do sexo masculino, com escolaridade materna baixa e com excesso de peso.