Resumo: Com base em um episódio de homofobia ocorrido em uma partida de vôlei, esse trabalho analisa as representações construídas das categorias "homossexual" e "torcedor", utilizando como fonte textos acerca desse caso, veiculados em alguns sites de jornais de grande circulação nacional. Entendendo a representação como o produto da atribuição de sentido que damos às coisas, problematizamos os argumentos utilizados para a construção das representações encontradas que, em sua maioria, são pautados em estereótipos dos esportes e das homossexualidades que, regulados por redes de poder, são tidos como verdades naturalmente estabelecidas. Abstract:Based on an episode of homophobia that took place in a volleyball match, this paper examines representations of the categories of "homosexual" and "fan". Its sources were texts published about the case on websites of newspapers of nationwide circulation. Understanding representation as a product of meaning ascribed to things, we discuss the arguments used to construct the representations found -which are mostly guided by stereotypes of sports and the homosexualities that, regulated by power networks, are taken as naturally established truths.Resumen: Basado en un episodio de homofobia ocurrido en un partido de voleibol, este trabajo analiza las representaciones construidas de las categorías "homosexual" e "hinchada", utilizando como fuente textos sobre ese hecho vehiculados en algunos sites de diarios de gran circulación nacional. Entendiendo la representación como el producto de la atribución de sentido que damos a las cosas, problematizamos los argumentos utilizados para la construcción de las representaciones encontradas que, en su mayoría, se guían por estereotipos de los deportes y de las homosexualidades, que, regulados por las redes de poder, son tomados como verdades naturalmente establecidas. Palavras-chaveHomossexualidade. Homofobia. Esportes. Meios de comunicação de massa.
Since the announcement of Brazil to host the FIFA World Cup in 2014, social movements organized themselves to denounce and question decisions and arbitrariness about their preparations. During the Confederations Cup of 2013, a series of manifestations marked by the diversity of its participants and their demands became known as the June Journeys. This article presents an analysis of such events focusing on matters relates to the occupation of the public space, problematizing, later, the relation of the movements and the mega sports events in question.
Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Abr-Jun; 31(2):479-88 • 479As barreiras enfrentadas por treinadoras brasileiras IntroduçãoAs barreiras enfrentadas por treinadoras brasileiras ResumoNo Brasil, a representatividade de mulheres como treinadoras esportivas é muito baixa. Diante desse cenário, este estudo teve como objetivo identificar e analisar as barreiras encontradas por treinadoras brasileiras em sua carreira. As participantes da pesquisa foram treze técnicas esportivas de oito modalidades. O método empregado foi a análise de conteúdo proposta por Bardin. A produção de dados foi realizada através de entrevistas semiestruturadas. As principais barreiras identificadas foram a apropriação majoritária do espaço pelos homens, o preconceito, o conflito entre vida pessoal e a vida profissional, e a baixa remuneração. Concluiu-se que as treinadoras enfrentam muitas dificuldades, as quais limitam a presença de mulheres no comando esportivo brasileiro.Palavras-chave: Mulheres; Esportes; Gênero; Treinamento.A última edição dos Jogos Olímpicos, ocorrida em Londres em 2012, protagonizou discursos que celebravam a maior participação feminina da histó-ria do megaevento: 44% dos/as atletas participantes eram mulheres 1 , sendo que todos os países enviaram representantes do sexo feminino, um fato inédito. Se a ampliação da participação feminina nos megaeventos é, sem dúvida, digna de comemoração, é necessário lembrar que algumas expectativas baseadas no gênero se mantém vivas no universo do esporte 2 , e que as condições de acesso e permanência de mulheres em boa parte das práticas corporais e esportivas ainda estão aquém das encontradas pelos homens, o que se evidencia nas menores oportunidades de prática, visibilidade conferida pela mídia, prêmios atribuídos aos vencedores de competições, entre outros 3 . Na arbitragem, na mídia, na gestão de clubes, federações e confederações ou no treinamento de atletas e equipes, evidencia-se que a presença feminina é ainda muito baixa, tanto no contexto nacional 4-7 como no internacional [8][9][10][11][12][13][14] . Este estudo tem como objeto uma dessas funções nas quais as mulheres se encontram sub--representadas: a de treinadora esportiva. A atual realidade da carreira de treinadora esportiva pode ser didaticamente analisada a partir de mudanças e interações entre três relações: mulher e trabalho, mulher e família e, mulher e esporte.As relações das mulheres com o mercado de trabalho nos fornecem apontamentos para compreender o processo de naturalização de uma divisão sexual dos cargos no contexto esportivo. Segundo Perrot 15, o século XIX levou a divisão das tarefas e a segregação sexual dos espaços ao seu ponto mais alto. Cada sexo tem sua função, seus papéis, seus espaços. Definiu-se que o lugar das mulheres era o espaço da vida privada 16 . Nesse período, ser dona de casa era a condição da maioria das mulheres. Com a entrada das mulheres para o mercado de trabalho, após as duas grandes guerras mundiais, essa realidade foi se modificando [15][16][17] . No Brasil, durante...
Resumo: O futebol é um esporte historicamente associado aos homens e à masculinidade cis-heteronormativa. O engajamento daqueles que não se adéquam a esse modelo faz-se, então, cercado de obstáculos. Recentemente, alguns coletivos de torcedores têm proposto alternativas às formas hegemônicas de vivência desse esporte, com vias a torná-lo menos excludente a diversos grupos, inclusive à população LGBTQI+. Neste texto de caráter descritivo, analiso os posicionamentos acerca de tal pauta por um desses grupos: a torcida gremista Tribuna 77. Utilizei como fontes uma entrevista com um de seus integrantes e as publicações realizadas em sua página no Facebook. Verifiquei que a torcida defende noções de diversidade e pluralidade partindo do pressuposto de que esses valores são inerentes a uma ‘cultura de Grêmio’, argumento especialmente endossado pelo pregresso acolhimento a uma torcida gay, a Coligay.
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