Resumo. Este artigo discute fatores de risco ao suicídio na adolescência, bem como características epidemiológicas de jovens que tentam ou cometem suicídio, a partir de uma perspectiva desenvolvimental. Por meio de uma revisão não sistemática de literatura, a partir de estudos nacionais e internacionais sobre o tema, foi possível identificar alguns fatores de risco que têm sido associados ao comportamento suicida, tais como transtornos psicológicos, uso de álcool e/ou drogas, exposição à violência, conflitos familiares, história de suicídio na família e experiências estressoras. Com relação às diferenças de gênero, observou-se que as tentativas de suicídio são mais frequentes em meninas, porém, o suicídio consumado é maior em meninos, pois eles utilizam-se de meios mais agressivos em suas tentativas. Dentre os principais fatores de risco, destaca-se a depressão como tendo um papel fundamental no desenvolvimento de pensamentos e comportamentos de morte. Conhecer os principais fatores de risco associados ao suicídio e as diferentes formas de manifestação dos sinais a ele associados pode ser um passo importante para o planejamento de programas de prevenção.
Este estudo investigou a frequência da exposição à violência intrafamiliar e extrafamiliar, em 946 adolescentes com idades entre 12 e 19 anos (M = 15,42; DP = 1,67), que viviam em diferentes contextos: com as famílias (G1), em instituições para cumprimento de medidas socioeducativas (G2) e em instituições de acolhimento (G3). Foi utilizado o Questionário da Juventude Brasileira. Foi observado que os adolescentes de G3 apresentaram maior frequência de exposição à violência intrafamiliar, enquanto os adolescentes de G2 à violência extrafamiliar, sendo as meninas as vítimas mais frequentes em todos os contextos. A importância de prevenir a exposição dos jovens à violência é destacada, bem como a necessidade de promover intervenções com os adolescentes em acolhimento institucional, já que este grupo mostrou-se o mais vulnerável.
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