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Os Estados Unidos são um ator central no sistema internacional de ajuda externa. Para o governo de Washington, a ajuda externa compreende não apenas a ajuda econômica para promoção do desenvolvimento, mas também a ajuda militar para amparar aliados estratégicos. O objetivo deste artigo é recuperar o histórico da agenda de ajuda externa dos Estados Unidos, voltada à construção uma ordem estável e favorável aos seus interesses e segurança. Desde os primeiros projetos no pós-Segunda Guerra, a ajuda externa tem sido instrumentalizada em favor da contenção do comunismo e manutenção da esfera de influência estadunidense. Com a ausência das motivações da Guerra Fria, os Estados Unidos passam a utilizar a ajuda externa na resolução de problemas regionais e desafios globais. Após os atentados de 11 de setembro, os projetos de ajuda voltaram a ter importante papel para a política externa, principalmente na luta contra o terrorismo e outras ameaças difusas, que colocam em risco a estabilidade internacional. Pretende-se, assim, traçar um panorama geral acerca da definição de ajuda externa, sua organização burocrática e a evolução da agenda, destacando as motivações estratégicas e principais empregos desta ferramenta de política externa dos Estados Unidos.
rEsumoA natureza difusa das ameaças transnacionais e a falta de eficácia de alguns Estados, ao lidarem com problemas internos, aumentam exponencialmente o palco de manobra das potências. Neste aspecto se abordam as áreas não-governadas, que têm ganho relevância nas discussões sobre segurança internacional e impactaram em particular a política externa exercida pelos Estados Unidos no século XXI. A partir destes pressupostos propõe-se comentar, tendo como palco o continente Sul Americano, a definição utilizada para áreas não-governadas, o trato delas pelo Departamento de Estado dos EUA e pela USAID, sumarizar os locais de risco apontados por determinados centro de pensamento estratégico (Think Tanks) e comparar as localidades beneficiadas pela USAID, assim como também discutir a questão da baixa governabilidade regional.
Palavras-chave:Áreas não-governadas. Terrorismo. Estados Unidos. América do Sul.
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