RESUMO -A vinhaça é a principal água residuária do processo de produção do etanol, sendo que o seu destino mais comum é a fertirrigação de cana-de-açúcar. No entanto, o seu uso deve ser cauteloso, uma vez que em excesso pode acarretar em problemas ambientais. Estudos recentes vêm propondo a remoção de nutrientes águas residuárias por microalgas imobilizadas em matrizes de biopolímeros. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de esferas de pectina para a imobilização da microalga Desmodesmus subspicatus, assim como a avaliação do seu potencial para remoção de potássio da vinhaça. As esferas foram produzidas pela técnica de gotejamento em solução de reticulante (CaCl2). Os parâmetros concentração de pectina (5, 7 e 10% m/v) e concentração CaCl2 (2, 5 e 10% m/v) foram estudados quanto a sua influência nas características das esferas. Os resultados indicaram a obtenção de esferas estáveis de pectina 7% com 5% de CaCl2, sendo estas condições definidas para imobilização da D. subspicatus e seu cultivo na vinhaça. A microalga imobilizada apresentou velocidade específica de crescimento de 0,002 h -1 , com remoção de potássio superior aos cultivos de microalgas livres, incluindo um potencial de remoção deste nutriente pela própria matriz polimérica sem células. Os resultados demonstraram a viabilidade do cultivo desta microalga imobilizada em pectina, assim como a capacidade de remoção de potássio da vinhaça.
RESUMO -O Brasil é o maior produtor mundial de etanol a partir de cana-de-açúcar, sendo que este processo gera quantidades consideráveis de vinhaça, a sua principal água residuária. Devido aos grandes volumes gerados por safra, o cultivo de microalgas surge como alternativa visando a remoção de carbono e nutrientes, com obtenção de biomassa passível de aproveitamento comercial em termos de proteínas ou lipídios unicelulares. Como a vinhaça apresenta elevados teores de matéria orgânica e turbidez, faz-se necessário um pré-tratamento de forma a adequar este efluente como meio de cultivo. Neste contexto, a presente pesquisa tem como objetivo avaliar o processo integrado de eletrocoagulação (EC) da vinhaça de cana-de-açúcar com alumínio e ferro e posterior cultivo da microalga clorofícea Desmodesmus subspicatus. Os resultados indicaram elevada eficiência de remoção da turbidez por EC, com perfis similares de crescimento da microalga na vinhaça pré-tratada, com velocidades específicas de 0,1 h -1 para EC com alumínio e ferro.
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