A interferência imposta pelas plantas daninhas é um dos fatores que mais prejudicam a exploração agrícola. As plantas daninhas reduzem a produtividade das lavouras pela ação alelopática e pela competição por fatores de crescimento como água, nutrientes e luz. Além disso, dificultam a colheita e outras práticas culturais, além de serem responsáveis por aumentar os problemas fitossanitários. Segundo Clark (1971) Quanto maior a semelhança fisiológica entre duas espécies, mais intensa é a sua competição pelos fatores que se encontram em quantidades limitadas no ecossistema comum. O grau de interferência das plantas daninhas sobre culturas agrícolas é função de diversos fatores ligados à comunidade infestante e à cultura, principalmente em decorrên-cia do período de convivência de ambos (Bleasdale, 1960;Blanco, 1972;Pitelli, 1985). De maneira geral, podese dizer que quanto maior for o período de convivência múltipla entre a lavoura e a comunidade infestante, maior será o grau de interferência. No entanto, o grau de interferência dependerá sobremaneira da época do ciclo da cultura em que este período ocorrer (Pitelli, 1985).O tomate é uma cultura de importância mundial, com o Brasil se destacando como um dos maiores produtores desta hortaliça, quando se trata de produção destinada à indústria, com aproximadamente 17 mil ha plantados em 2004 e uma produção de cerca de 1.500.000 toneladas, ou seja, uma produtividade de 85 t ha -1 (Agrianual, 2005). No entanto, as informações so- RESUMODeterminou-se os efeitos da convivência com plantas de mariapretinha sobre a produtividade do tomateiro industrial, híbrido Heinz 9992, em um experimento com dois grupos de tratamentos: no primeiro, o tomate permaneceu livre da competição (60 mil plantas ha -1 de maria-pretinha) do transplantio até 15; 30; 45; 60; 75; 90; 105 e 120 dias (colheita); no segundo, a cultura permaneceu em competição com a maria-pretinha do transplantio até os mesmos períodos citados. Utilizaram-se blocos casualizados, três repetições e parcelas de quatro linhas. Altura, área foliar e massa seca da parte aérea da maria-pretinha foram obtidas a partir de amostras de dez plantas. A área foliar das plantas de maria-pretinha cresceu até 75 dias de convivência com as plantas de tomate (1.588 dm 2 planta -1), a altura até 60 dias de convivência (85 cm) e a massa seca da parte aérea até 120 dias de convivência (31,7 g planta -1). As produtividades mais alta (108,6 t ha -1 ou 87,6% da produção total de frutos) e mais baixa (14,2 t ha -1 ; 59,0%) de frutos maduros de tomate foram observadas quando a convivência entre tomate e maria-pretinha ocorreu respectivamente apenas nos 15 primeiros dias e ao longo de todo o ciclo do tomate. Nestes tratamentos, o peso médio de frutos maduros foi de respectivamente 58,7 e 38,0 g. Verificou-se que cada cm 2 de acrés-cimo em área foliar das plantas de maria-pretinha causou uma redução de 0,04 t ha -1 na produção de frutos maduros (PFM) (R 2 = 0,90), cada centímetro em altura da planta daninha reduziu 0,82 t ha -1 na PFM (R 2 = 0,78) e ...
A maria pretinha (Solanum americanum Mill) é uma planta daninha infestante de diversas culturas e além da competição pode causar outros problemas. Nos estudos envolvendo a biologia e o controle de plantas daninhas, a área foliar é uma das mais importantes características a serem avaliadas, mas tem sido pouco estudada porque sua determinação exige equipamentos sofisticados ou utiliza técnicas destrutivas. Visando obter equações que permitissem a estimativa da área foliar desta planta daninha utilizando características lineares do limbo foliar, facilmente mensuráveis em plantas no campo, foram estudadas correlações entre a área foliar real e as seguintes características das folhas: comprimento ao longo da nervura principal (C), largura máxima do limbo (L) e o produto (C x L).Para tanto, foram mensuradas 200 folhas coletadas de plantas sujeitas às mais diversas condições ecológicas em que a espécie sobrevive, considerando-se todas as folhas das plantas desde que não apresentassem deformações oriundas de fatores, tais como, pragas, moléstias e granizo. Todas as equações, lineares simples, geométricas e exponenciais, permitiram boa estimativa da área foliar (Af) da maria pretinha. Do ponto de vista prático, sugere-se optar pela equação linear simples envolvendo o produto (C x L), a qual apresentou o menor QM Resíduo. Assim, a estimativa da área foliar de S. americanum pode ser efetuada pela equação AF = 0,5632 x (C x L), com coeficiente de determinação (R 2 ) de valor igual a 0,9516.Palavras chave: planta daninha, mariapretinha. ABSTRACT Leaf area determination of weeds: Solanum americanum Mill.Solanum americanum is a very aggressive weed that, besides competition, can cause many other problems. Despite being one of the most important parameters to be analyzed, only few studies have been carried out concerning the leaf area mainly because its determination demands sophisticated equipment or destructive techniques. Aiming to develop equations that allow to estimate the leaf area of this weed using linear measure of the leaf surface, statistical relations between the leaf area and the following linear measures were determinded: the leaf lenght in the mid rib direction (C), maximum width (L) and the product (C x L).
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