No estado do Acre, poucas cadeias produtivas apresentaram tantas mudanças quanto a da castanha-do-brasil nos últimos anos. Estas mudanças foram motivadas por uma sequência de políticas públicas direcionadas ao setor e pela estruturação de uma cooperativa central de produtores extrativistas. Esta nota de pesquisa analisa, com base em dados secundários e relatos de pessoas envolvidas nos diferentes elos da cadeia produtiva, aspectos econômicos referentes ao beneficiamento e à comercialização da castanha-do-brasil, com o objetivo de registrar e entender as principais mudanças estruturantes ocorridas nesta cadeia produtiva nos últimos dez anos.
Um dos grandes e atuais desafios para o desenvolvimento brasileiro é manter o crescimento da produção no meio rural e, ao mesmo tempo, reduzir os impactos dessa produção sobre os recursos naturais. Esse desafio surge em meio aos debates internacionais e nacionais em resposta às pressões cada vez maiores da sociedade por um novo modelo de desenvolvimento, que seja capaz de conciliar a conservação do meio ambiente e ao desenvolvimento social e econômico da Amazônia. As florestas de bambu dominam as paisagens do Acre ocupando as tipologias florestais que ocorrem em 62% do território acreano. Neste contexto, esta pesquisa tem como objetivo estimar o volume de bambu de espécies do gênero Guadua no estado do Acre, Brasil. Em campo foi obtido através de inventários florestais o número de hastes e o volume de bambu em áreas de ocorrência das espécies por tipologia florestal: Guadua angustifolia, Guadua sacocarpa e Guadua weberbaueri. Os resultados revelam a ocorrência estimada de 21,8 bilhões de hastes, equivalentes a um volume total de 800,1 milhões de m³ de bambu Guadua spp. Desta forma, o Acre apresenta um grande potencial de fornecer matéria prima para a indústria moveleira, construção civil e para outros segmentos produtivos, à base de bambu, que é atualmente considerado por muitos autores, “a matéria prima do futuro”.
Um dos principais desacordos entre a economia e a ecologia, sob ponto de vista ecológico, deriva do fato de que a natureza tem processos cíclicos, enquanto os sistemas produtivos são pensados linearmente, sem considerar que todo sistema tem entradas e saídas. As atividades econômicas extraem recursos naturais e transformam-nos em produtos e resíduos, em seguida transacionam esses produtos aos consumidores, que descartam ainda mais resíduos depois do consumo. Tal modelo precisa ser revisto diante do cenário exaurido já em alguns biomas, em função de intensos modelos de exploração econômica. Esta pesquisa analisa o potencial bioeconômico da oferta natural de bambu nativo no estado do Acre, Brasil. As florestas de bambu dominam as paisagens do Acre ocupando as tipologias florestais que ocorrem em 62% do território acreano. Em campo foi obtido através de inventários florestais o número de hastes áreas por tipologia florestal: Os resultados revelam um potencial de receita de 5,2 bilhões de dólares, rentabilidade a ser obtida através do fornecimento de matéria prima para a indústria moveleira, construção civil, energética, dentre outros segmentos produtivos, que utilizam está biomassa à base de bambu.
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