Objetivo: Avaliar a percepção e as atitudes preventivas de cirurgiões-dentistas do estado da Paraíba em relação a COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, com aplicação de questionário semiestruturado para cirurgiões-dentistas registrados no Conselho Regional de Odontologia da Paraíba. Os dados foram analisados através do software SPSS. Resultados: Participaram 227 de cirurgiões-dentistas, sendo em sua maioria mulheres (70,4%), com faixa etária entre 22-30 anos (47,1%), com tempo de formação entre 1 a 5 anos (35,2%), com mestrado (33,9%) e atuantes no setor público e privado (42,3%). 87,7% dos entrevistados informaram cumprir o isolamento social e 88,1% relataram ter suspendido os atendimentos odontológicos eletivos durante a pandemia. Em relação aos procedimentos que deveriam ser realizados durante a pandemia, o tratamento de abscesso dentário (90,7%), do traumatismo dentário (80,1%) e a remoção de sutura (61,7%) foram os mais citados. Além disso, foi observado que antes da pandemia, as máscaras N95 e FFP2 eram utilizadas por 9,3% e 8,4% dos cirurgiões-dentistas, respectivamente, e que durante a pandemia, esse percentual aumentou para 36,9% (N95) e 34,6% (FFP2). Em relação ao uso de protetor facial (face shield), o percentual de uso antes e durante a pandemia foi de 37,4% e 76,9 %, respectivamente. Conclusões: O conhecimento dos cirurgiões-dentistas foi considerado consistente em relação as práticas preventivas do atendimento odontológico no período de COVID-19. No entanto, apesar de participarem de cursos de capitação sobre a COVID-19, os participantes apresentaram inseguranças ao atender paciente com suspeita da doença.
