Objetivo: Compreender, através de uma revisão da literatura, o cenário de publicações sobre acidentes com NaOCl na endodontia no Brasil, identificando os acidentes que podem acontecer bem como suas causas, consequências e condutas. Método: Trata-se de uma revisão da literatura, com dados coletados no Google acadêmico, LILACS e através da plataforma CAPES entre 2017 e 2023, através dos descritores “Hipoclorito de sódio”, “Acidentes” e “Endodontia” utilizando o operador booleano AND. Foram incluídos apenas artigos de relato de caso, em português, disponíveis na íntegra e estando relacionados à questão norteadora da pesquisa, sendo excluídos artigos duplicados, teses e dissertações. Após aplicação dos critérios de inclusão, selecionaram-se quatro artigos que compuseram a amostra do estudo. A fim de sistematizar o processo de seleção dos artigos, utilizou-se a metodologia Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Resultados: Após aplicação dos critérios de elegibilidade quatro artigos foram selecionados para constituir a amostra final. Pôde-se inferir que os temas mais abordados foram: o extravasamento do hipoclorito de sódio durante o tratamento endodôntico; principais condutas em casos de incidentes com hipoclorito de sódio e maneiras de prevenção; além do atendimento odontológico que transcende a tecnicidade, focado no ser humano biopsicossocial. Irrigação com soro fisiológico e solução de hidróxido de cálcio, junto ao uso de analgésicos e antibióticos; e laserterapia foram as condutas abordas pelos artigos. Conclusão: As causas iatrogênicas acabam sendo as mais associadas as lesões de extravasamento, sendo os tratamentos mais citados a irrigação do canal radicular com soro fisiológico e hidróxido de cálcio, junto a prescrição medicamentosa de analgésicos e antibióticos. Palavras-chaves: Hipoclorito de sódio. Acidentes. Endodontia.

Objetivo: Avaliar a percepção e as atitudes preventivas de cirurgiões-dentistas do estado da Paraíba em relação a COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, com aplicação de questionário semiestruturado para cirurgiões-dentistas registrados no Conselho Regional de Odontologia da Paraíba. Os dados foram analisados através do software SPSS. Resultados: Participaram 227 de cirurgiões-dentistas, sendo em sua maioria mulheres (70,4%), com faixa etária entre 22-30 anos (47,1%), com tempo de formação entre 1 a 5 anos (35,2%), com mestrado (33,9%) e atuantes no setor público e privado (42,3%). 87,7% dos entrevistados informaram cumprir o isolamento social e 88,1% relataram ter suspendido os atendimentos odontológicos eletivos durante a pandemia. Em relação aos procedimentos que deveriam ser realizados durante a pandemia, o tratamento de abscesso dentário (90,7%), do traumatismo dentário (80,1%) e a remoção de sutura (61,7%) foram os mais citados. Além disso, foi observado que antes da pandemia, as máscaras N95 e FFP2 eram utilizadas por 9,3% e 8,4% dos cirurgiões-dentistas, respectivamente, e que durante a pandemia, esse percentual aumentou para 36,9% (N95) e 34,6% (FFP2). Em relação ao uso de protetor facial (face shield), o percentual de uso antes e durante a pandemia foi de 37,4% e 76,9 %, respectivamente. Conclusões: O conhecimento dos cirurgiões-dentistas foi considerado consistente em relação as práticas preventivas do atendimento odontológico no período de COVID-19. No entanto, apesar de participarem de cursos de capitação sobre a COVID-19, os participantes apresentaram inseguranças ao atender paciente com suspeita da doença.