Este artigo analisa os desafios dos CAPS para a consolidação de intervenções de cuidado que utilizam recursos do território. A pesquisa foi realizada em oito CAPS do município de Goiânia com o objetivo de compreender as dificuldades encontradas pelos profissionais de educação física para o desenvolvimento de atividades no território. Para tanto, realizamos entrevistas com 18 profissionais que foram analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo. Os resultados indicam que os principais desafios podem ser sintetizados em duas categorias inter-relacionadas: (1) desinstitucionalizar o cuidado; e (2) institucionalizar parcerias. Concluímos que a desinstitucionalização do cuidado requer superação de dificuldades relacionadas a estigmas, preconceitos e inseguranças, presentes na sociedade e que ainda reverberam entre os profissionais de saúde mental investigados. A institucionalização de parcerias aponta para a necessidade de enfrentamento das precárias condições de trabalho e da fragilidade das políticas de gestão que dificultam a formalização de parcerias interinstitucionais e comprometem a consolidação da Rede de Atenção Psicossocial. Portanto, concluímos que o processo de desinstitucionalização do cuidado ainda encontra-se como grande desafio para o movimento de Reforma Psiquiátrica em Goiânia, especialmente na construção do cuidado ao usuário com utilização de recursos do território.
Pesquisa realizada nos CAPS da cidade de Goiânia, com o objetivo de analisar as principais características da intervenção profissional da Educação Física. A pesquisa foi realizada a partir de observações participantes de professores de Educação Física que trabalham no CAPS e de relatos de experiência de três profissionais vinculados há pelo menos um ano a esta instituição, concedidos em forma de entrevista semiestruturada. Os resultados indicam que há aproximações do trabalho desenvolvido pelos professores de Educação Física com os princípios do CAPS e que apesar de avanços relevantes, os profissionais ainda estão aprendendo a lidar com os novos desafios.
Este artigo investigou o conteúdo de produções científicas sobre práticas corporais relacionadas às perspectivas integrativas e complementares em saúde, visando compreender seu potencial terapêutico. Mediante busca por 13 palavras-chave no Portal de Periódicos da CAPES, foram encontrados 228 artigos e analisados os que enfocaram alguma prática corporal, totalizando oito. A maioria dos estudos avaliou propostas de intervenção – com yoga, técnicas corporais, RIME, massagem e calatonia; outros foram validação de questionário sobre mindfulness, ensaio teórico sobre reiki e relato de experiência sobre curso de toque terapêutico. Os artigos indicaram que as práticas corporais têm potencialidades para a saúde, expressas em sensações de relaxamento, alívio de dores, aumento do bem-estar, diminuição da ansiedade e estresse, melhora do sono, impactos sobre sintomas de doenças, além de contribuições para os processos de autocuidado e ressignificação das formas de conceber e lidar com os processos saúde-doença, levando em consideração dimensões materiais e imateriais do corpo.
Este trabalho objetiva realizar uma reflexão sobre a presença do Budō no cinema japonês. Para tal, escolheu-se a metodologia de análise de filmes proposta por Penafria (2009). Como procedimento complementar, foram escolhidas duas obras cinematográficas japonesas de distintos momentos: Sanshiro Sugata (1943) e Kuro Obi (2007), mas que retratam o período histórico de intensas transformações desta sociedade, demarcados pelo período Meiji (1868-1912), Taishō (1912-1926) e Shōwa (1926 até o presente). Diante da apropriação parcial, centrada na dimensão técnica-estética das práticas marciais orientais, considerou-se que estas obras demonstram os princípios éticos-filosóficos presentes no judō e karate dō formados pela religiosidade e moralidade que sustentavam a sociedade japonesa daquele período e que legitimam os elementos constituintes da identidade nacional deste país.
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