Introdução: Os transtornos alimentares são estabelecidos como um problema de saúde pública devido complicações somáticas e psiquiátricas, nesse cenário, é percebido um acréscimo no número de casos de anorexia nervosa. Dessa forma, é percebido que a microbiota intestinal está mecanicamente envolvida em mudanças na função fisiológica ao longo da etiologia, progressão e tratamento dos transtornos alimentares. Objetivo: Apontar a possível relação entre o microbioma intestinal na progressão e exacerbação dos sintomas relacionados a anorexia nervosa. Método: Realizou-se um levantamento bibliográfico na base de dados Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line abrangendo as seguintes fases: elaboração da pergunta norteadora, busca na literatura, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa. A partir dos seguintes descritores na língua inglesa, anorexia nervosa, microbioma gastrointestinal, inflamação e consumo alimentar obteve-se um total de vinte artigos para realização do presente artigo. Resultados e discussão: As interações entre o comportamento alimentar e o microbioma modulam o comportamento do hospedeiro. Ao referir-se a anorexia nervosa, fatores como o aumento da permeabilidade intestinal, presença de inflamação de baixo grau, auto anticorpos e neogênese relacionam-se com alguns sintomas depressivos, ansiosos e do próprio transtorno alimentar, portanto, fatores que contribuem para manutenção do quadro. Conclusão: Dessa forma, é sugerida uma possível relação entre a anorexia nervosa e microbiota intestinal, seja na manutenção e/ou tratamento do quadro, de modo que, a modulação da microbiota intestinal pode ser útil para alterar a história natural dos transtornos alimentares, inclusive da anorexia nervosa.
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