Esta revisão narrativa objetivou descrever os principais fatores de risco para o desenvolvimento da Doença Ulcerosa Péptica (DUP), bem como identificar as principais complicações relacionadas a essa patologia. A distribuição da doença pelo mundo se faz de forma desigual, tendo os países em desenvolvimento as maiores taxas de DUP em decorrência, principalmente, da alta prevalência de infecção pelo Helicobacter pylori, se comparado aos países desenvolvidos. Além disso, com base na análise de estudos científicos sobre o tema, foi constatado que o gênero, a idade e a etnia estão intimamente relacionados à probabilidade de desenvolvimento da doença. Somado a isso, fatores ambientais como o uso de álcool, cigarro, anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e antidepressivos tricíclicos contribuem significativamente para o desbalanço entre agressão e proteção da mucosa gastroduodenal, acarretando maior risco para o surgimento e progressão da DUP. Apesar dos estudos constatarem que houve uma redução nos índices globais de internações pela patologia, é necessário que se mantenha uma alta cobertura de erradicação do H. pylori a fim de suprimir a DUP e evitar suas principais complicações: hemorragia digestiva, perfuração no trato gastrointestinal, estenose pilórica, adenocarcinoma e linfoma MALT.
Este artigo teve como objetivo analisar os avanços nas técnicas da cirurgia bariátrica, buscando avaliar a relação da evolução dos métodos cirúrgicos com a redução do peso corporal e a remissão das comorbidades relacionadas à obesidade grave. As técnicas cirúrgicas mais realizadas no mundo atualmente são a Gastrectomia Vertical (GV), Bypass Gástrico em Y de Roux (BGYR), sendo este considerado o método padrão ouro. Em relação a GV, foi constatado que ela possui benefícios em relação a produção de insulina, sendo indicada para pacientes obesos e com DM2 em especial. Alguns estudos constataram que o uso da cirurgia robótica, devido a sua maior flexibilidade e imagens com maior qualidade, reduz as dificuldades encontradas nas formas convencionais e contribuem para redução do nível de invasão operatória e um melhor resultado pós-operatórios. Apesar das técnicas atuais serem mais invasivas, e devido ao maior volume corporal dos pacientes, a equipe cirúrgica ser submetida a maiores esforços, os dados obtidos atualmente não mostram superioridade da cirurgia bariátrica robótica se comparada com as técnicas atuais, sendo necessário mais estudos acerca deste tema.
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