Este trabalho tem como objetivo compreender as ações do Estado do Rio Grande do Norte referentes ao ensino agrícola nos anos de 1908 a 1930. Para isso, iniciamos o processo de mapeamento e análise documental das mensagens dos governadores do Rio Grande do Norte, as quais constituem-se como fontes à esta investigação. O recorte temporal justifica-se pela reforma da instrução primária que reorganizou o ensino no Estado, em 1908, e o momento de mudanças políticas a partir da década de 1930, bem como pela lacuna presente na documentação referente aos anos posteriores à década de 1930 acerca do ensino agrícola. Nessa perspectiva, buscamos responder às seguintes questões: Quais as características do ensino profissional na Primeira República no Rio Grande do Norte? Quais as ações do Estado para o desenvolvimento do ensino agrícola? O que era necessário para criar uma escola agrícola? O referencial teórico baseia-se na concepção de educação profissional conforme Manfredi (2003) e na dimensão da história política de acordo com René Remond (2003). Os resultados encontrados nos permitem perceber o processo de criação das escolas agrícolas e campos de demonstração, bem como os processos de análise e determinação da necessidade de criação desses estabelecimentos no Estado, a preparação e a aparelhagem exigidas ao funcionamento como aquisição de materiais, fazendas e recursos humanos especializados para a execução e funcionamento dos estabelecimentos de ensino.
Este trabalho tem como objetivo analisar as ações do Estado para o desenvolvimento do ensino agrícola no Rio Grande do Norte, bem como a influência das determinações legais nesse processo no período de 1910 a 1967. Para isso, realizou-se mapeamento e análise documental das mensagens dos governadores do Rio Grande do Norte e dos relatórios do Ministério da Agricultura, os quais se constituem como fontes a esta investigação. O recorte temporal justifica-se pelo Plano Geral do Ensino Agronômico de 1910 e a transferência do ensino agrícola para o Ministério da Educação e Cultura. O referencial teórico baseia-se na concepção de educação profissional conforme Manfredi (2003) e na dimensão da história política de acordo com René Rémond (2003) e José D’Assunção Barros (2005). Com a análise, percebeu-se que o ensino agrícola, no período de 1910 a 1967, era definido pelas determinações do Ministério da Agricultura em suas diferentes denominações e organizações ao longo dos anos. E, no Rio Grande do Norte, as principais ações para o desenvolvimento desse ensino foram a implantação da Escola de Agricultura e Criação, o Campo de demonstração de Macaíba, os cursos ambulantes que eram ministrados no Campo, a Escola Agrícola de Jundiaí, o Curso de Especialização para o Serviço do Algodão, as Semanas Ruralistas e cursos e palestras ministrados nas visitas da Inspetoria Agrícola
Objetivamos analisar as ações do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio para a expansão do ensino profissional, bem como as concepções de ensino que influenciavam essas ações. O recorte temporal foi atribuído levando em consideração a organização do Ministério, instalado em 1909 e reorganizado no ano de 1930. A pesquisa documental foi realizada nos relatórios anuais apresentados pelos ministros aos presidentes da república. O referencial teórico insere-se na dimensão da história política segundo Rémond (2003) e Barros (2005) e no campo da História da Educação Profissional segundo Ciavatta (2019). Concluímos que o Ministério criou e subvencionou instituições de ensino e cursos profissionais nas três áreas que eram de sua jurisdição: ensino agrícola, ensino industrial e ensino comercial. As escolas agrícolas federais não foram criadas em todos os estados. No ensino industrial ocorreu a criação de uma rede de ensino federal que abrangia todo o território brasileiro. Referente ao ensino comercial, não foram criadas escolas comerciais pelo Ministério, sua incidência sobre esse ensino esteve restrita às subvenções e à regulamentação. Palavras-chave: Ensino Profissional. Ensino Agrícola. Ensino Industrial.
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