InTRODUÇÃOA colecistolitíase é uma das doenças mais freqüentes do aparelho digestivo, acometendo 20% da população adulta . Desde sua primeira descrição em 1882, por Langenbruch, a colecistectomia se mantém como o tratamento de escolha para a colecistolitíase . Desde essa época os cirurgiões tentam diminuir a morbidade, mortalidade e tempo de internação que é muito variável na literatura.A colecistectomia por minilaparotomia, divulgada por Goco e Chambers em 1982 3 e a colecistectomia videolaparoscópica, por Mouret em 1987, diminuíram o trauma cirúrgico e o período de internação 4,5 . A idade tem sido considerada um importante fator preditivo de complicações após colecistectomia pela incidência aumentada da doença no trato biliar e pela maior morbimortalidade da operação no idoso, em decorrência das doenças associadas comuns na idade 6,7 . O presente trabalho teve por objetivo avaliar os aspec-
ABCDDV/535Minossi JG, Picanço HC, Carvalho MA, Paulucci PRV, Vendites S. Morbimortalidade da colecistectomia em pacientes idosos, operados pelas técnicas laparotômica, minilaparotômica e videolaparoscópica. ABCD Arq Bras Cir Dig 2007; 20(2):93-6. RESUMO -Racional -A colelitíase é uma das doenças mais freqüentes do aparelho digestivo, acometendo 20% da população adulta. A idade tem sido considerada importante fator preditivo de complicações após a colecistectomia. Objetivo -Avaliar a morbimortalidade da colecistectomia em pacientes idosos operados por técnica laparotômica, minilaparotômica e videolaparoscópica. tos gerais, morbidade e mortalidade das colecistectomias realizadas pelas vias laparotômica, minilaparotômica e videolaparoscópica em pacientes idosos, comparados com outros de menor idade.
MÉTODOSForam analisados retrospectivamente as fichas dos pacientes submetidos à colecistectomia associada ou não a outros procedimentos sobre as vias biliares, em caráter eletivo ou de urgência no período de agosto de 1985 a dezembro de 2003.Dados relativos ao sexo, idade, operações realizadas, tempo de internação, complicações intra e pós-operatórias foram consideradas até o 30º dia do procedimento. Considerou-se pacientes idosos aqueles com 60 ou mais anos.Todos tinham ficha padrão que era preenchida após a alta hospitalar e completada na alta definitiva, ao final do primeiro mês.De 1985 a 1991 todos os pacientes foram operados por técnica laparotômica. Em 1991 introduziu-se a colecistectomia por minilaparotomia, quando foram operados 60 pacientes até 1995, sendo 14 idosos. Neste ano iniciou-se a colecistectomia videolaparoscópica e, a partir de então,