redefinir novas estratégias para se reproduzirem socialmente em um movimento contínuo de garantia da sobrevivência de suas sociedades. Estas estratégias os levam, muitas vezes, a reconfigurarem a sua produção em meio à diversidade de situações provocadas, tanto pelo enfrentamento quanto pela sujeição aos interesses do capital.Neste sentido, a autora parte da hipótese de que existe um processo em curso que pode provocar a dissolução dos criadouros comunitários levando, assim, à desagregação dos faxinais -processo este causado pelo avanço da agricultura moderna na região Centro-sul do Paraná, o que se intensificou na década de 1970. A pesquisa de Man Yu Chang está ligada ao programa de desenvolvimento rural integrado (PRORURAL), que foi realizado entre os anos de 1982 e 1984, no qual havia a necessidade de se abordar, juntamente com as questões técnicas, os problemas de ordem econômica e social no que tange às formas de organização camponesa no Paraná.O trabalho desenvolve-se tendo como base a racionalização de um sistema produtivo ligado à atividade econômica que se constituía como fator de desenvolvimento da região no final do século XIX 1 . No entanto, esta racionalidade acabou se transformando em uma irracionalidade 1 Essa atividade era representada pela extração e beneficiamento da erva-mate. DOI: 10.5212/TerraPlural.v.5i2.0007 Na presente obra, a autora Man Yu Chang busca compreender as reconfigurações no campesinato diante do processo de avanço das forças capitalistas no campo, o que vem ocorrendo na região Centro-sul do Paraná principalmente desde a década de 1960. Ao pesquisar os faxinais, Man Yu Chang procura trazer em evidência o caráter específico dessa "forma de organização camponesa" que é a pratica do uso comum de terras.Publicado na década de 1980, este trabalho figura como um dos pioneiros sobre o assunto dos faxinais e se constitui como referência para as pesquisas que vêm sendo realizadas sobre estes camponeses.A autora entende que o capitalismo, ao avançar no campo, provoca a dissolução da forma tradicional da organização camponesa dos faxinais, que é o uso comum de suas terras, conhecido como criadouro comunitário. Neste sentido, seu maior esforço está em identificar as causas que levam estes sujeitos a abandonarem a organização em torno dos criadouros comunitários e a praticarem uma agricultura pautada pelos parâmetros da modernidade: tecnificada e integrada cada vez mais à produção industrial, enquanto estratégia de sobrevivência de suas famílias.Na busca da acumulação ampliada, o capital avança no campo procurando abrir novas frentes para expandir-se. Diante desse processo, em que as forças capitalistas avançam no campo, os camponeses buscam
O presente texto tem como objetivo refletir sobre os desafios impostos pela pandemia do covonavírus para a experiência do projeto de extensão “Feira Agroecológica” da UNICENTRO. Neste sentido, busca compreender o papel dos sujeitos agroecologistas, da extensão universitária e de outras formas de r-existência na construção de um projeto de sociedade que possa transpor a crise civilizatória fomentada pelo capitalismo neoliberal. A pandemia se sobrepõe às desigualdades históricas e estruturais fazendo remontar sobre os mais vulneráveis, múltiplas ameaças, todavia, a reinvenção das práticas camponesas agroecológicas, somada à solidariedade entre campo e cidade, anunciam os limites desta sociedade pautada na destruição e, portanto, a necessidade de olhar e projetar para além desta pandemia.
Na contemporaneidade, a sociedade brasileira passa por um período em que arquétipos descontruídos diante do processo de maturação social, tais como, racismo, sexismo, machismo, homofobia, desigualdade socioeconômica, entre outros, começam a ser questionados por sujeitos que não se adaptaram a um modelo de sociedade inclusiva. Estes sujeitos, os quais, não aceitam uma sociedade irrestrita e apresentam um status social influenciador, podem intervir na formação de indivíduos juvenis, incentivando um retrocesso civilizatório. Porém, inúmeras ações socioeducativas são capazes desenvolver criticidade nos adolescentes contemporâneos, para que estes questionem o desenvolvimento social e desenvolvam civilidade e cidadania, em prol de uma sociedade mais justa. Contudo, para tratar de civilidade, considerou-se as discussões trazidas por Pilla (2017) quando trata da formação cível ocidental, e afirma que todo este processo formativo, apresenta como princípio básico, as boas maneiras para as relações sociais, e que estas, estão vinculadas a cultura e são temporais mas, estão frequentemente enlaçadas a cortesia. Da mesma forma, considerou-se como pressuposto teórico para tratar do desenvolvimento cidadão, a ideia de "convicção democrática" trazida por Carvalho (2008) quando trata do caminho da cidadania no Brasil, e afirma que, o papel do cidadão neste processo é lutar por seus direitos e reafirma-lo enquanto coautor participe da sociedade. Assim, quanto mais participativo e ativo socialmente, maior a sua assertividade enquanto cidadão. Com isso, diante destes preceitos de cidadania e civilidade, em conjunto com a necessidade de desenvolvimento crítico nos sujeitos juvenis brasileiros e, ao considerar a responsabilidade do papel da escola neste processo, a Escola SESI[1] Djalma Pessoa, criou no ano de 2015, o Núcleo de Iniciação Científica Júnior, o qual tem como proposta, utilizar o desenvolvimento científico para promover a criticidade e civilidade nos estudantes desta instituição por meio de preceitos científicos.
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