ResumoNeste novo trabalho, Renato Ortiz desenvolve uma arqueologia dos conceitos "linguística" e "língua" com o objetivo de compreender a posição social da língua inglesa nas esferas da sociedade, da ciência e, especialmente, das ciências sociais. Partindo do pressuposto de que todas as línguas têm igual capacidade para representar a realidade, o autor analisa criticamente a "superioridade" da língua inglesa frente a todas as outras línguas. No rastro da dicotomia universalidade/diversidade, Ortiz busca interpretar a língua inglesa como um elemento do mercado de bens simbólicos. Ao observar a predominância da língua inglesa nas ciências, questiona o papel dominante desse idioma nas ciências sociais, e se caracteriza, se não pela constituição de um saber universal, pelo desenvolvimento de um saber cosmopolita.Palavras-chave: Língua inglesa. Ciências Sociais. Universalidade. Diversidade. Cosmopolitismo.
Conexões de sentido não intencionais entre cultura de viagem e cultura científica foram benéficas à consolidação do sistema científico de pensamento no contexto pós-renascentista. A cultura de curiosidade e o culto aos fatos era parte integrante de um ethos social coletivamente compartilhado por viajantes exploradores e praticantes da história natural. As expedições científicas realizadas em meados do século XVIII e promovidas pelas academias científicas francesa e britânica evidenciam a importância da viagem para a ciência. Este artigo analisa a formação da cultura de precisão e curiosidade por meio de um levantamento histórico-sociológico das relações entre cultura de viagem e cultura científica com ênfase nas expedições científicas de La Condamine, Bougainville, James Cook, La Pérouse e o pensamento iluminista.
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