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RESUMO:Os resíduos agroindustriais ricos em celulose produzidos em larga escala, promovem alto impacto ambiental. Isto pode ser minimizado através da sua utilização em desenvolvimento de novos produtos, além de contribuir para sistemas alimentares sustentáveis. Nesta revisão são apresentados os resíduos agroindustriais em potencial para obtenção deste polissacarídeo, além do aproveitamento de celulose no desenvolvimento de novos produtos como: filmes comestíveis e/ou revestimentos comestíveis em substituição a embalagens convencionais. O rendimento da celulose vegetal obtida de resíduos agroindustrial apresentou variação de 56,5% (resíduos do açafrão como caule e folhas) a 93,1% (cascas de milho), enquanto a obtenção de celulose bacteriana (CB) de resíduos resultou rendimentos variando de 1g/L (1% de resíduo de acerola) a 6,7 g/L (hidrolisado da casca de kiwi), com uma média de rendimento de 3,07 g/L. A celulose também pode ser utilizada como matéria prima no desenvolvimento de novos produtos, como: nanocelulose e derivados hidrofílicos de celulose como matéria-prima de produtos biodegradáveis. A obtenção da celulose por resíduos agroindustriais permite produções industriais sustentáveis e aplicações inovadoras no setor alimentício, de embalagens e de revestimentos. Todavia, nota-se a escassez de estudos que envolvam padronização de processos fermentativos e as melhores condições de produção de CB que resultem em maior rendimento e o uso dessa celulose de origem bacteriana de forma integral como fonte de fibras em alimento e/ou como ingrediente.

RESUMO-Em vista da ampla demanda e da conscientização dos consumidores quanto ao consumo de alimentos mais saudáveis, alternativas para a produção de sorvete é a redução de níveis de gordura e açúcar. Porém, essas reduções podem afetar diretamente a sua qualidade, ocasionando alterações nas propriedades físicas e sensoriais. A fim de preservar tais características, estudos estão voltados para a aplicação de aditivos no sorvete, como a enzima transglutaminase (TG). O efeito da enzima MTGase foi estudado sobre as características de sorvetes com baixo e alto teor de gordura.

RESUMO-O uso de pré-tratamentos para modificação estrutural da celulose têm sido investigados a fim de aumentar a afinidade das fibras com matriz de amido promovendo melhorias das propriedades mecânicas. Nesse contexto, o objetivo é avaliar a influência de diferentes pré-tratamentos na composição química de cascas de café. As cascas de café foram higienizadas para retirar sujidades superficiais e evitar o aparecimento de insetos e peneiradas em malha 35 mesh Tyler para garantir a padronização das partículas e em seguida submetidas a três diferentes pré-tratamentos tratamentos com uso de NaOH: autoclave, micro-ondas e agitação. O estudo do efeito na composição química dessas cascas pré-tratadas com e sem a etapa de branqueamento foi investigada. Os resultados mostraram que as cascas moídas tratadas em autoclave (CMAC) foram as que obtiveram maior extração de lignina e aumento no teor de celulose, quando branqueadas. O prétratamento com autoclave e branqueamento melhoram a abertura das fibras, facilitando a hidrólise de ácidos orgânicos.

RESUMO-O meio ambiente vem sofrendo muito com os materiais poliméricos descartados no solo, pois demoram para se degradarem além de ter a capacidade de produzir resíduos muito tóxicos a terra. Uma solução para o problema ambiental dos plásticos pode ser o SCOBY (Symbiotic Culture of Bacteria and Yeasts). Desta maneira, o objetivo do trabalho foi caracterizar o SCOBY, identificando seu potencial celulósico, assim como, analisar se será possível utilizar esse material para produzir filmes biodegradáveis. Para isso, foi preciso preparar o chá kombucha e adicionar uma colônia de SCOBY para fermentação e posteriormente secagem. Em seguida, foi realizado testes para identificar os teores de lignina klason insolúvel, celulose, holocelulose, hemicelulose e α-celulose que existe no material. Os resultados observados foram 4,09% de α-celulose, 8,96% de holocelulose, 4,89% de hemicelulose, 9,55% de lignina klason insolúvel e 0,0083% de lignina klason solúvel. Pelo teor de celulose e holocelulose apresentado, conclui-se que o SCOBY pode ser utilizado para elaborar filmes biodegradáveis e substituir os materiais poliméricos.