Este artigo de revisão vale-se de dados secundários para identificar as características e motivações de consumidores que se consideram “veganos” ou “vegetarianos” e para avaliar a importância e características dos mercados de produtos voltados para esses segmentos no Brasil e no mundo. Os mercados de alimentos “vegetarianos” e “veganos” representam um nicho de mercado – de forte crescimento no mundo – alavancado pela crescente preocupação dos consumidores com o impacto da alimentação em sua saúde, com o bem-estar animal e com o impacto ambiental dos sistemas produtivos, especialmente da produção pecuária. Esses motivos também têm atraído cada vez mais pessoas que, embora não se enquadrem nas categorias anteriores, compartilham essas preocupações e querem diminuir o consumo de alimentos de origem animal (os “flexitarianos”). Tal demanda tem levado a uma crescente oferta de produtos destinados a esses consumidores, com uma crescente diversidade de propostas que vão desde a oferta de alimentos in natura, processados ou, ainda, alimentos processados similares (substitutos) a produtos de origem animal. Essa oferta se distribui entre lojas especializadas, redes de supermercados, redes de restaurantes e vendas diretas pela internet em sites especializados. A dinâmica mercadológica desses produtos é observada tanto em países desenvolvidos como no Brasil.
ResumoAvaliou-se a percepção da qualidade intrínseca dos vinhos finos tintos elaborados no Rio Grande do Sul em comparação com seus principais concorrentes da Argentina e Chile. A análise sensorial foi realizada por 31 consumidores da classe de maior poder aquisitivo de Porto Alegre. O teste de aceitação propôs escalas hedônicas para avaliar os atributos sensoriais dos produtos. A análise estatística valeu-se de ANOVA e teste de Tukey. Os resultados demonstraram que a qualidade intrínseca dos vinhos brasileiros não representa um fator restritivo à competitividade do setor que pode ser alavancada com o desenvolvimento de estratégias de marketing consistentes. Palavras-chave: vinhos; análise sensorial; competitividade. AbstractThis study evaluates the intrinsic quality of red wines from Rio Grande do Sul in comparison with their main competitors from Argentina and Chile. The organoleptic was evaluated by 31 consumers from Porto Alegre -representing the social segment with the upper purchasing power. The test proposed hedonic scales to evaluate the organoleptic attributes of the wines. The statistical analysis was based on the ANOVA and Tukey tests. The results demonstrated that the intrinsic quality perception of red wines produced in Rio Grande do Sul do not restrain the industry competitiveness which can be strengthened by consistent marketing strategies. Keywords: wine; organoleptic evaluation; competitiveness. Qualidade sensorial de vinhos tintos finos do Rio Grande do Sul comparados aos importados da Argentina e Chile IntroduçãoO agronegócio do vinho vem acompanhando o progressivo processo de globalização e internacionalização de mercados. Ao afirmar isso, todavia, tem-se que ressaltar algumas especificidades. O vinho não é uma mercadoria comum. Vinhos de qualidade devem ser oriundos de uvas cultivadas em áreas geográficas específicas, e sua elaboração, obedecer a regras mais complexas do que a simples minimização de custos de produção, como no caso de commodities agrícolas 1 . Com efeito, a qualidade final dos vinhos de uma região vinícola não é puramente o resultado da somatória de fatores naturais, mas sim, de uma combinação de cultura, talentos e expertises múltiplas e complexas. Desse modo, a exploração de cada elemento diferenciador, torna-se necessária na sustentação de uma estratégia competitiva.O Brasil ocupa a 17ª posição no ranking dos produtores mundiais de vinhos 10 . A produção nacional média de vinhos e mostos tem sido de, aproximadamente, 300 milhões de L/ano.A vitivinicultura Brasileira constitui-se numa atividade agrícola de pequenas propriedades com marcante característica de produção familiar e elevado número de variedades de uvas. Cerca de 65% dessa produção é destinado à elaboração de vinhos, sucos, destilados e outros derivados, sendo o restante destinado ao consumo in natura. O Estado do Rio Grande do Sul responde por 93% da produção nacional de vinho, elaborado em cerca de 600 vinícolas e cantinas familiares 11 .No mercado brasileiro, a participação dos vinhos finos nacionais em rela...
Agricultura. 2. Ciências ambientais. 3. Pesquisa agrária-Brasil. 4. Tecnologia sustentável. I. Santos, Carlos Antônio dos. CDD 630 Elaborado por Maurício Amormino Júnior-CRB6/2422 DOI O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
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