The main objective of this work is to demonstrate that Brazil has experienced, since the end of 2016, a reconfiguration of the financial and extractive accumulation regime and a change in the ruling power bloc. Based on the Regulation Theory, an analysis of the Brazilian economy is carried out to understand the current transformations. The recent liberal reforms are assessed to demonstrate how they imply an accumulation regime reconfiguration, affecting institutional forms and consolidating the power bloc hegemonized by the agrarian and financial bourgeoisie. Among other effects, these reforms deepen State subordination to the monetary and financial regime, expand the control of the bourgeoisie over the wage relation and reinforce the commodity-exporting sector. It is concluded that the ongoing reconfiguration increases the country’s dependence on international economic and financial cycles because it takes necessary instruments of economic intervention away from the State. Moreover, it reduces internal control over the competition with foreign companies in the national territory, reinforces the commodity-exporting sector and makes mass consumption more pro-cyclical. This reconfiguration implies a partial reversal in the internalization of the dynamic centre of Brazilian capitalism that occurred during the import substitution industrialization process.
Resumo A escola francesa da regulação se originou em meados da década de 1970, tendo como objetivo principal desenvolver e atualizar a análise de Marx do modo de produção capitalista para compreender as transformações econômicas do século XX. Essa é a origem dos conceitos de regime de acumulação, modo de regulação, formas institucionais e fordismo. A partir da década de 1980, a abordagem tornou-se menos próxima do marxismo e mais preocupada em elaborar uma economia histórica e institucional. As décadas de 1980 e 1990 foram vistas como um período de continuidade da crise do fordismo. Foi somente a partir do ano 2000 que os autores regulacionistas vislumbraram a possibilidade de existência de um regime de acumulação liderado pelas finanças, que teria entrado em crise em 2008. A dificuldade de compreender o capitalismo posterior ao fordismo está associada a uma visão teórica inadequada acerca das características básicas do modo de produção.
As teorias sobre as etapas do capitalismo investigadas no presente artigo – teorias do imperialismo, teorias do capitalismo monopolista, escola francesa da regulação, escola das estruturas sociais de acumulação e abordagem neoschumpeteriana – analisam as diferentes formas do capitalismo ao longo da história. As insuficiências teóricas apresentadas pelas abordagens derivam, de modo geral, da dificuldade em articular as características mais fundamentais do modo de produção, as estruturas multisseculares do capitalismo, com as estruturas específicas a determinados períodos históricos. Para solucionar tal deficiência e procurar aprofundar a compreensão do neoliberalismo é proposta uma análise do capitalismo baseada nas múltiplas escalas de tempo.
Resumo Este artigo analisa criticamente como o pensamento econômico trabalha o conceito de cultura. Na primeira parte do texto é discutido o tratamento da cultura pelas abordagens econômicas dominantes, desde Adam Smith até a economia neoclássica. De acordo com tais abordagens, a racionalidade humana é predominantemente calculista e utilitarista, e a esfera cultural é externa ao âmbito econômico e só o influencia indiretamente. A segunda parte do artigo apresenta elementos centrais para o entendimento da cultura em três autores fundamentais da heterodoxia econômica: Marx, Veblen e Furtado. Esses autores criticam profundamente o pensamento econômico dominante e constroem conceitos que historicizam e criticam as sociedades capitalistas. A terceira seção apresenta críticas sobre como os pensamentos econômicos ortodoxo e heterodoxo retratam culturas não ocidentais, assumem a predominância da racionalidade capitalista na sociedade moderna e pressupõem que a racionalidade econômica não é cultural.
Resumo O texto1 busca compreender as origens e as transformações da escola das estruturas sociais de acumulação (EESA), tendo como foco as modificações do seu conceito principal, que dá nome à abordagem. A EESA é uma das mais importantes vertentes da economia política radical americana, que se desenvolveu a partir da década de 1960 procurando explicações para o racismo, o sexismo, o imperialismo, as ondas longas do capitalismo, entre outras questões. O conceito de estrutura social de acumulação foi elaborado, a partir de meados da década de 1970, para criar um nível intermediário de análise entre uma teoria abstrata e geral do capitalismo e o seu âmbito histórico e empírico. Ao longo da evolução histórica da EESA, essa se afastou de considerações teóricas acerca das características fundamentais do capitalismo e acabou adotando posições pré-teóricas acerca dessas características. Por isso, os pesquisadores ligados à escola tiveram que reformular seu conceito central recentemente.
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