Microcefalia é uma malformação congênita na qual o bebê apresenta um perímetro cefálico inferior a 2 desvios-padrão da média para idade gestacional e sexo. É um dos sinais clínicos mais evidentes da Síndrome congênita do Zika Vírus e poucos estudos na área odontológica foram desenvolvidos com essa população. Objetivo: Avaliar as condições bucais de crianças com microcefalia quanto a higiene bucal, experiência, severidade e atividade de cárie. Método: Tratou-se de estudo transversal com amostra de 71 crianças portadoras de microcefalia de Teresina-PI. Foram excluídos bebês que não apresentavam dentes. Os dados foram coletados através da aplicação de questionário socioeconômico e demográfico e realização de exame clínico por um examinador previamente treinado e calibrado. No exame clínico foi avaliada a higiene bucal (Índices O'Leary e Sangramento Gengival); a experiência e severidade da cárie dentária (Índice CAST) e a atividade de cárie (Índice Nyvad). Foi realizada análise descritiva e o teste de associação Exato de Fisher (p<0.05). Resultados: A idade das crianças variou de 5 a 59 meses, com 71,8% entre 24 e 36 meses. A maioria tinha um índice O'Leary deficiente (84,5%) e 73,2% tinham gengivite. 78,9% das crianças foram classificadas como saudáveis segundo o CAST. O estado de pré-morbidade foi detectado em 19,7%, e apenas uma criança apresentou estado de morbidade. Conclusões: A população apresentou baixa prevalência de cárie e altos níveis de placa e sangramento gengival, sendo importante a implantação de um programa preventivo-educativo.
O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de traumatismos alvéolo-dentários em crianças que procuraram atendimento no Curso de Extensão Universitária de Urgência em Odontopediatria da FO-UFRGS no período de abril de 1999 a dezembro de 2000. A amostra consistiu de 129 crianças, sendo 80 (62,01%) do sexo masculino e 49 (37,99%) do sexo feminino, com idade de 0 a 14 anos. A faixa etária mais acometida por traumatismo em dentes decíduos foi a de 2-4 anos, enquanto que, em permanentes, foi a de 8-10 anos. Os traumatismos dos tecidos de sustentação foram os mais prevalentes na dentição decídua (79,64%), predominando a intrusão (35,55%) e a luxação lateral (27,77%). Já com relação aos dentes permanentes, a prevalência maior foi de injúrias traumáticas aos tecidos duros (59,25%), sendo de maior ocorrência a fratura coronária sem exposição pulpar (70,83%), seguida da fratura coronária com exposição pulpar (22,91%). Em relação aos procedimentos clínicos adotados para o atendimento emergencial, a conduta mais prevalente foi a orientação, tanto para dentes decíduos (72,56%), quanto para permanentes (27,16%). A restauração (25,92%) foi o segundo procedimento clínico mais prevalente para dentes permanentes e a exodontia (13,27%) para os dentes decíduos traumatizados.
INTRODUCTION: Dental trauma is the set of impacts that affect the teeth and their supporting structures from enamel fracture to the definitive loss of the dental element. Among the main etiological factors of childhood dental trauma are sports practices, car accidents, child-related activities, aggressions and individual predisposing factors. The prognosis of traumatic lesions is influenced by the type and severity of the injury, the time interval between the trauma episode and the initial treatment. OBJECTIVE: To analyze the knowledge of dentistry academics of a higher education institution on dental trauma in primary teeth. MATERIAL AND METHODS: This is a transversal research. The data were collected through the application of a questionnaire, with questions about knowledge in dental trauma and the conduct of dental trauma, carried out with students who attended the discipline of Integrated Children's Clinic I, II and III. A descriptive analysis of the data was performed and the Linear Trend Test was applied, considering p value <0.05. RESULTS: A low level of academic knowledge about the subject was observed, only 8% answered all questions, with the least amount of correct answers in cases of subluxation (37.3% of correct answers) and avulsion (41.2% of correct answers). There was no association of the period with level of knowledge (p value> 0.05). CONCLUSION: The students' knowledge about dental trauma is low, mainly in the treatment of cases of trauma, such as subluxation and avulsion.
Objetivo: Avaliar a prevalência de erros radiográficos em radiografias periapicais de uma clínica de Odontopediatria em uma instituição de ensino superior de Teresina-Piauí. Métodos: Tratou-se de estudo transversal retrospectivo. Foram coletados dados sociodemográficos e radiográficos (localização e presença de erros de técnica radiográfica, processamento e armazenamento). As radiografias foram analisadas por um único examinador calibrado (kappa > 0,80). Foi realizada análise descritiva dos dados, teste Qui-Quadrado, razão de prevalência não-ajustadas (RPnãoajust) e intervalos de confiança (IC 95%). Considerou-se significativo valor de p < 0,05. Resultados: Das 208 radiografias analisadas, 187 (89,9%) possuíam algum tipo de erro. O erro mais prevalente foi de técnica radiográfica (n = 115; 55,3%). Entre esses, a radiografia tremida foi o mais frequente (n = 57; 28,4%). O erro de processamento mais frequente foi presença de digitais (n = 37; 17,8%). Todos os erros de armazenamento (n = 89; 100%) estavam relacionados a não identificação do paciente. O erro de técnica esteve associado com os pacientes de idade menor que 5 anos (RPnãoajus = 1,2 IC95% 1,1-1,3) comparando com idade entre 6 e 10 anos. Não houve associação entre tipo de erro radiográfico e a dentição avaliada nas radiografias (p > 0,05). Conclusão: A quantidade de erros detectados neste estudo foi alta e o mais frequente foi quanto à técnica radiográfica mal executada. Todos os erros de armazenamento observados foram devido a não identificação do paciente. Há uma maior frequência de erros de técnica radiográfica em pacientes com menos de 5 anos se comparados aos de 6 a 10 anos.
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