Interest in the concept of daily life has increased in the field of occupational therapy, with studies referring to daily life as a tool that is both theoretic-conceptual and practical, providing support for both research and care. In this study, we aimed to identify and systematize the knowledge production about the daily life concept in occupational therapy in Brazil. A systematic review of the Brazilian literature of the past ten years on the concept of daily life in occupational therapy was used as our methodological approach. Twelve articles were selected to compose this research. The concept of daily life, as considered in studies of occupational therapists, This concept defines a theoretical position in occupational therapy, departing from a medical and positivist Resumo:No campo da terapia ocupacional o interesse pelo conceito de cotidiano vem crescendo, com estudos que se referem à questão da vida cotidiana como ferramenta tanto teórico-conceitual como prática, que pode auxiliar pesquisas e a atenção em terapia ocupacional. O objetivo deste estudo é identificar e sistematizar a produção de conhecimento no Brasil, na área de terapia ocupacional, sobre o conceito de cotidiano. Como metodologia foi realizada uma revisão sistemática da literatura nacional, nos últimos 10 anos, sobre o conceito de cotidiano na terapia ocupacional. Foram selecionados 12 artigos para integrar a pesquisa. O conceito de cotidiano, considerado nas investigações realizadas por terapeutas ocupacionais, se estabelece na relação entre aquilo que é singular do sujeito com o que é coletivo e social. Esse conceito define uma posição teórica da terapia ocupacional, que rompe com uma interpretação médica e positivista dos cuidados em saúde e se preocupa com a subjetividade do sujeito, suas atividades no dia a dia e sua inserção social. O conceito de cotidiano também foi utilizado para a reflexão sobre como o adoecimento causa transformações na vida cotidiana das pessoas, para embasar a descrição e análise da vida cotidiana dos sujeitos que eram foco dos estudos e para discutir sobre o cotidiano na prática da terapia ocupacional. São diversas as possibilidades do uso do conceito de cotidiano na pesquisa e na prática da terapia ocupacional, e o presente estudo evidencia que esse construto/conceito soma ao aporte teórico vinculado ao conhecimento em terapia ocupacional contemporâneo brasileiro. Palavras
RESUMENEste trabajo es recorte de una investigación que buscó identificar el cotidiano de personas con trastornos mentales, que sufren reinternamientos psiquiátricos. En este recorrido fue posible evidenciar que esos sujetos expresan diversas concepciones del proceso salud/enfermedad mental y que caracterizan las formas de tratamiento utilizados. En la metodología se utilizó el abordaje cualitativo fundamentado en el concepto de cotidiano de la autora Agnes Heller. Las entrevistas de pacientes y familiares fueron sometidas al análisis de discurso que, entre otros resultados, reveló que esa población pasó a tener nuevas herramientas y posibilidades para comprender la locura y la asistencia al enfermo mental. DESCRIPTORESSalud mental. Hospitales psiquiátricos. Servicios de salud mental. RESUMOEste trabalho é recorte de uma investigação que buscou identificar o cotidiano de pessoas com transtornos mentais, que sofrem reinternações psiquiátri-cas. Nesse percurso foi possível evidenciar que esses sujeitos expressam diversas concepções do processo saúde/doença mental e que caracterizam as formas de tratamento que se utilizam. Utilizou-se como metodologia a abordagem qualitativa fundamentada no conceito de cotidiano da autora Agnes Heller. As entrevistas de pacientes e familiares foram submetidas à análise de discurso que, entre outros resultados, revelou que essa população passou a ter novas ferramentas e possibilidades para compreender a loucura e a assistência ao doente mental. DESCRITORES ABSTRACTThis study is part of a research that aimed at identifying the daily life of people with mental disruptions who are re-admitted to psychiatric hospitals. It was possible to pinpoint that these individuals express several conceptions of the health/mental illness process and that they also distinguish the kinds of treatment they go through. As far as methodology is concerned the study used the qualitative approach based on Agnes Heller's concept of daily life. The interviews with patients and their relatives were submitted to speech analysis, which showed, among other results, that relatives have developed new tools and possibilities in order to understand the patients' mental state and provide them with the necessary assistance. KEY WORDS INTRODUÇÃOEste trabalho é fruto de uma pesquisa que investigou o cotidiano do doente mental no período entre internações, desenvolvida num hospital psiquiátrico da cidade de São Paulo.O paciente que retorna ao hospital psiquiátrico teve uma experiência de vida em que procurou um lugar na sociedade. A análise dessa vivência é uma apreciação de como ocorre, ou não ocorre, a inserção social do paciente egresso de hospital psiquiátrico -quais as possibilidades de vida encontradas por essas pessoas na comunidade.Apesar da legislação em saúde mental indicar a redução do número de leitos em hospitais psiquiátricos e priorizar o tratamento extra-hospitalar, na comunidade, considerando o doente mental como um cidadão, não é isso que se observa na prática. O grande número de reinternações em hospi...
Ao viver na comunidade, as pessoas com transtornos mentais enfrentam o desafio de construir a sua inclusão social. No presente estudo, buscou-se identificar e analisar as concepções expressas pelos entrevistados sobre inclusão social e doença mental. Utilizou-se a abordagem qualitativa como metodologia de pesquisa. Os sujeitos desta investigação foram pessoas com transtorno psíquico, usuários de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), e pessoas da sua rede social. Para a coleta de dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas e, para apuração dos dados, foi utilizada a análise do discurso, que permite refletir sobre as condições de produção e apreensão de significado dos textos. A percepção sobre inclusão social dos entrevistados está alinhada com a literatura, valorizando aspectos como trabalho, educação, renda, poder contratual e ser aceito na sua diferença. Porém, a comunidade apresenta associações negativas em relação ao adoecimento mental, que são introjetadas pelas pessoas ao longo do tempo. O modelo manicomial ajudou a criar o imaginário de que a pessoa com transtorno mental é perigosa, incapaz e deve ser excluída. Assim, as pessoas com transtornos mentais enfrentam preconceitos e discriminações que dificultam seu processo de inclusão social. Neste contexto, é preciso lidar com a herança cultural que estabelece o conceito de que estas pessoas devem ser temidas e excluídas. Os avanços nas concepções sobre inclusão social são um forte aliado para transformar as concepções sobre a doença mental, já que a inclusão social pressupõe uma sociedade inclusiva para todos, sem exceções.
O presente estudo buscou conhecer a vida cotidiana de egressos de hospitais psiquiátricos que foram reinternados num período inferior a seis meses. Teve como objetivos conhecer a rede social desta população e analisar suas possibilidades de inclusão social. Foi utilizado o conceito de cotidiano de Agnes Heller como referencial teórico e o conceito de Reabilitação Psicossocial como categoria analítica da pesquisa. Foram realizadas 22 entrevistas semiestruturadas com pessoas com transtorno mental reinternadas em hospitais psiquiátricos e seus familiares, buscando investigar o cotidiano desta população no período entre internações. As entrevistas foram então submetidas à análise do discurso, que revelou que os usuários encontram dificuldades de inclusão social mesmo quando fora do hospital psiquiátrico. Foram relatadas a dinâmica de exclusão e inclusão dos usuários no núcleo familiar e as possibilidades e apoios sociais encontrados na comunidade. Recomenda-se um cuidado especial na atenção aos familiares, o combate ao preconceito e a atuação dos serviços em saúde mental, para facilitar a participação dos usuários em espaços comunitários.
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