O objetivo deste artigo é analisar o que as crianças produzem diante do ato de avaliar na Educação Física, em três anos da escolarização. Utiliza a pesquisa narrativa com sete crianças do 6º ano do ensino fundamental de uma escola da Prefeitura Municipal de Serra, no Espírito Santo. Tem como fontes os diários de Educação Física produzidos pelas crianças, que contêm registros escritos e imagéticos, assim como as suas narrativas individuais orais. O processo de análise evidencia a potencialidade no uso dos diários como prática avaliativa longitudinal, pois as crianças sinalizam a maneira processual com que atribuem complexidade aos seus aprendizados, expressando as relações estabelecidas com os saberes da Educação Física, em três anos da escolarização.
Neste texto apresentam-se resultados de pesquisa pela qual objetivou-se compreender os sentidos atribuídos por docentes de uma instituição de educação infantil sobre as práticas avaliativas para aprendizagem mobilizadas no cotidiano escolar. A pesquisa teve caráter qualitativo e utilizou-se como método o estudo de caso etnográfico. Os participantes da pesquisa foram 24 professores que atuam numa instituição de educação infantil na cidade de Vila Velha/ES. Como documentos utilizou-se narrativas, diário de campo e registros imagéticos. A análise dos dados sinalizou para o compartilhamento de uma concepção avaliativa formativa reguladora centralizada no docente, de maneira que o sentido produzido por meio das práticas avaliativas está associado ao caráter informativo daquilo que se passa no cotidiano escolar.
RESUMOEsse estudo objetiva compreender como as crianças com seis anos de idade e a professora de Educação Física avaliam o aprender na transição entre Educação Infantil para o Ensino Fundamental, sobretudo em relação as práticas e conteúdos trabalhados em cada etapa da escolarização. Acompanha, etnograficamente, nas aulas de Educação Física 25 crianças com seis anos de idade (8 meninas e 17 meninos) da turma do 1º ano de uma escola de Ensino Fundamental, de março a dezembro de 2014 contabilizando 36 observações in loco. Utiliza como instrumento metodológico diário de campo, brincadeiras populares e registros imagéticos (fotos e vídeos produzidos pelas crianças). A análise evidenciou que a diversidade de práticas corporais possibilitou as crianças compreenderem as especificidades do aprender na Educação Física, destacando quais conteúdos foram desenvolvidos em cada etapa de ensino e, também, os aprendizados que revelam não só a apropriação corporal do conteúdo, mas também sua compreensão cognitiva. Palavras-chave: Educação Física. Crianças. Etnografia. ABSTRACTThis study aims to understand how the children six years old and the teacher of Physical Education evaluate learning in the transition from two first stages of basic education, especially regarding the worked practices and content at every stage of schooling. Accompanying ethnographic in Physical Education, 25 children (8 girls and 17 boys) in the class of 1st year of secondary Education of March to December in 2014 accounting for 36 observations in loco. Using as a methodological tool: diary data, popular games and imagery records (photos and videos produced by children). The analysis showed that the diversity of body practices enabled children to understand the specifics of learning in physical education, highlighting what content were developed at each stage of education and also the lessons that reveal not only the body ownership of the content but also the cognitive understanding of what is learned in this curricular component.
O presente artigo busca compreender as concepções de crianças, infância e escolarização dos praticantes dos cotidianos (professores com formação em Educação Física, professora regente com formação em Pedagogia e coordenador de turno com formação em Educação Física da EMEF "Espírito Santo"). Para tanto, caracterizou-se como um estudo de caso etnográfico e utilizou, como fontes, narrativas produzidas por meio de registros de campo, entrevista e grupos de conversa. Os dados evidenciam a criação de estratégias para incorporar nas crianças culturas escolares. Esse caminho é produzido pelas experiências dos autores cotidianos em produzir momentos que articulem as práticas culturais das crianças com as intencionalidades do Ensino Fundamental de nove anos.
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