O objetivo deste artigo é analisar o que as crianças produzem diante do ato de avaliar na Educação Física, em três anos da escolarização. Utiliza a pesquisa narrativa com sete crianças do 6º ano do ensino fundamental de uma escola da Prefeitura Municipal de Serra, no Espírito Santo. Tem como fontes os diários de Educação Física produzidos pelas crianças, que contêm registros escritos e imagéticos, assim como as suas narrativas individuais orais. O processo de análise evidencia a potencialidade no uso dos diários como prática avaliativa longitudinal, pois as crianças sinalizam a maneira processual com que atribuem complexidade aos seus aprendizados, expressando as relações estabelecidas com os saberes da Educação Física, em três anos da escolarização.
RESumoEste ensaio discute possibilidades teóricas e metodológicas para a construção de conhecimentos centrados no protagonismo infantil. Para tanto, estabelece um diálogo interdisciplinar entre a Sociologia da Infância e os Estudos com o Cotidiano. Em um primeiro momento, apresenta os principais pressupostos que fundamentam esses dois campos e, posteriormente, analisa pesquisas da Educação Física com a Educação Infantil que operaram com conceitos provenientes desses referenciais. Os entrecruzamentos desses dois campos do conhecimento forneceram suportes para a produção de fontes com as crianças e sinalizaram que os instrumentos convencionais de pesquisa são insuficientes para compreender o protagonismo infantil e suas produções culturais.
Analisa as práticas avaliativas vivenciadas por 45 alunos de sete universidades federais brasileiras, nas aulas de Educação Física da educação básica. Caracteriza-se como uma pesquisa quanti-qualitativa exploratória e utiliza, como instrumento para a produção de dados, um questionário semiestruturado e entrevistas coletivas narrativas, ambos realizados com 45 alunos de sete universidades federais brasileiras. Os resultados acenam para o uso de instrumentos avaliativos que são expressos por meio da linguagem escrita e verbal; e no fazer com as práticas corporais. A articulação entre essas diferentes formas de avaliar demonstra que é possível abranger a complexidade dos conhecimentos ensinados e aprendidos na Educação Física, assim como a relação que os alunos estabelecem com os saberes específicos desse componente curricular. Palavras-chave: Avaliação. Narrativas. Formação inicial.
Objetiva apresentar e analisar possibilidades concretas de práticas avaliativas para a Educação Física escolar. Assume, como abordagem teórico-metodológica, a narrativa (auto)biográfica e possui como colaboradoras duas professoras de Educação Física. Tem como fontes: registros avaliativos produzidos com as crianças (desenhos, fotografias, letras de músicas) e narrativas das professoras. Os resultados evidenciam que uma professora tem se fundamentado em uma avaliação para a aprendizagem dos alunos, inventariando instrumentos que lhe possibilitaram compreender as apropriações dos alunos dos saberes específicos da Educação Física; e outra professora centraliza a sua avaliação nas práticas de ensino e de aprendizagem, produzindo instrumentos que permitiram a autoavaliação dos envolvidos.
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