Introdução: A doença de Chagas (DC) é uma infecção parasitária causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. É considerada um dos principais problemas de saúde pública na América Latina e segundo a OMS, por ano, cerca de 8 mil recém-nascidos são infectados durante a gravidez. A DC pode ser transmitida por via vertical e acarreta diversas complicações para a criança. Objetivos: Descrever acerca da transmissão congênita da Doença de Chagas. Metodologia: Trata-se de uma revisão literária com busca nas bases de dados PubMed, BVS e Google Acadêmico nos idiomas português e inglês publicados no período de 2013 a abril de 2023. Foram utilizados os seguintes descritores, conforme DeCS: "Doença de Chagas", "Transmissão vertical de doenças infecciosas" e Gravidez. Resultados: A infecção causada pelo Trypanosoma cruzi em gestantes podem causar aborto, prematuridade, retardo do crescimento intrauterino, deformações, natimortalidade e feto macerado. O risco da transmissão materno-fetal da DC varia de 2 a 8% dos casos, segundo a OMS. Quando ocorre esta transmissão vertical, as crianças infectadas podem manifestar diversas complicações, dentre elas, destacam-se a hepatomegalia, a esplenomegalia e o desconforto respiratório. Observa-se também a insuficiência cardíaca, a taquicardia e alterações eletrocardiográficas. Já no cérebro podem ocorrer inflamações como encefalite e meningite. O tratamento da DC não é indicado para gestantes devido a toxicidade dos medicamentos, por isso, se for indicado, só é realizado após o parto. No início da infecção, a eficácia do tratamento é alta, dessa maneira, o diagnóstico precoce de crianças infectadas torna-se de suma importância para que se inicie o tratamento o mais breve possível e obtenha um bom prognóstico. Este diagnóstico é feito através de exames de sangue como gota espessa, exame a fresco, hemocultura ou xenodiagnóstico, bem como exame sorológico para detecção de anticorpos IgG e IgM. Assim que houver a confirmação, inicia-se o tratamento antiparasitário com o fármaco benzonidazol ou com nifurtimox. Conclusão: É de extrema relevância o conhecimento acerca desta temática para que haja uma assistência eficaz à gestante. Ressalta-se também a importância de um pré-natal minucioso para um diagnóstico e tratamento precoce, assim como redução dos riscos de uma possível transmissão vertical.
INTRODUÇÃO:A mortalidade materna (MM) consiste em um indicador de saúde que mede a taxa de mortes ocorridas em mulheres gestantes ou até 42 dias após o término da gestação. É utilizado para analisar as condições de saúde e a qualidade de vida da mulher, relacionando às características como idade e raça. É importante dar notoriedade a esta temática levando em consideração a raça/cor como fator biológico e variável social. OBJETIVOS: Descrever acerca das disparidades raciais através da análise da mortalidade materna em mulheres negras. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com busca nas bases de dados BVS e PubMed. Utilizou-se os seguintes descritores, conforme DeCS/MeSH: 'Mortalidade Materna', 'Grupos Raciais' e 'População Negra'. Foram incluídos os artigos disponíveis em texto completo publicados nos idiomas português e inglês, durante o período de 2013 a junho de 2023. Foram excluídos estudos de dissertação, tese e trabalhos de conclusão de curso. 186 artigos foram achados, destes, 3 foram utilizados na elaboração deste resumo. RESULTADOS: No Brasil, nota-se alta desigualdade entre os grupos étnico-raciais, onde a maioria da população negra apresenta baixa posição socioeconômica e grande dificuldade no acesso aos serviços de saúde e qualidade da assistência oferecida. Esta disparidade pode ser observada através das taxas de MM, que mostram as raças negra e indígena com um risco de morte materna quatro vezes maiores que a raça branca, expondo as deploráveis condições de saúde da mulher negra. Observa-se que os óbitos maternos ocorreram em maior quantidade no período puerperal, onde necessita de melhoria no acesso à rede de atenção, medidas de intervenção eficientes e qualificação dos profissionais. Além disso, identificou-se maior risco de morte em mulheres com baixa escolaridade, pois apresentam maior dificuldade no acesso à informação e serviços de saúde, assim como na compreensão de seus direitos como cidadã. CONCLUSÃO: Nota-se que o perfil socioeconômico e demográfico da população negra é um fator determinante na MM. Dessa maneira, é necessário que haja maior discussão sobre essa problemática a fim de criar medidas que visem reduzir as taxas e melhorar a qualidade de vida e acesso à saúde dessa população marginalizada.
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