Este artigo é resultado de uma pesquisa empírica, qualitativa, exploratória e descritiva, onde objetivamos a apropriação dos conhecimentos, atitudes e opiniões de adolescentes sobre trollagens e o escárnio contra a obesidade no mundo virtual, assim como exploramos os limites entre a brincadeira e o cyberbullying. Construímos um perfil no Facebook para absorver as dinâmicas da plataforma, estabelecendo contato sem interações públicas significativas com as postagens entendidas como de humor, e páginas que patrocinavam publicações voltadas ao riso na rede social, incluindo as com nomes associados à expressão trollar e meme. Realizamos também oito entrevistas semi-estruturadas com adolescentes, com idade entre 17 e 19 anos. As falas transcritas e as postagens no Facebook foram analisadas pela perspectiva da Análise de Conteúdo, de Bardin. Os resultados indicam que, para os adolescentes entrevistados, os vínculos de amizade representam permissão para comentários e ações que relacionadas a estranhos e fora do círculo afetivo, seriam consideradas violência. Percebemos que quando as publicações são baseadas em preconceitos e discriminações sua replicação faz com que tal ação atinja um coletivo representado na imagem, vídeo ou comentário. De forma que, se for um caso de cyberbullying, sua potência atingirá sujeitos para além do alvo inicial.
Esta pesquisa teve por objetivos desvelar as representações sociais em cenários vinculados à reprodução de pornografias, interpretar os scripts sexuais que contribuem para a ocorrência de propagações não consensuais e, entender as situações de vulnerabilidades emergentes em cenários de vingança. O método utilizado esteve associado à Teoria das Representações Sociais em uma abordagem sociopsicológica. A coleta de dados envolveu 34 jovens entre 18 e 29 anos de idade em rede social, na qual inserimos um instrumento digital, cujo resultado foi interpretado pelo método da Análise de Conteúdo, do tipo análise categorial, que gerou oito temáticas: os scripts sexuais em controle remoto; o íntimo como o lugar da sexualidade e as exceções à regra; aproximações e distanciamentos entre pornografias e erotismos; a vingança como estado vulnerabilidade à sobreposição do outro; as vulnerabilidade sociais emergentes pela exposição não consensual; os roteiros interpessoais de romances em situações vulnerabilidade; ações políticas, programáticas, serviços e ações e as vulnerabilidades sociais; o riso e a descoberta do estranho pela pornografia não consensual. Concluímos que a representação social da pessoa implica em jogos relacionais, cujo conceito permanece entre ser sujeito e ser objeto. As bases não consensuais para a tomada de decisão são propensas as produções de pornografia em rompimento de relacionamentos, representam que o corpo pode ser consumido, mas não identificado e passa a ser objeto pelo consumo quando a privacidade se esgota diante do olhar do outro.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.