RESUMOO presente artigo discute os principais fatores que foram preponderantes na expansão da soja em várias regiões brasileiras. Além de destacar que nas últimas décadas a agropecuária passou por profundas transformações, como a centralização de capitais (via articulação do capital monopolista), ocupação de novas áreas (em especial o Centro-Oeste), desagregação da produção de autoconsumo, transformação de parte da pequena produção em produção especializada e com alta produtividade integrada ao mercado e de uma parte do latifúndio em empresas capitalistas, expansão na produção de alimentos para o mercado interno e externo, esse último se realizou a partir de uma inserção competitiva do Brasil no mercado mundial de alimentos por meio do crescimento e da diversificação dos produtos agrícolas, êxodo rural, utilização de pouca mão-de-obra para o trabalho agrícola, intensa mecanização e utilização de insumos, suporte técnico e cientifico ofertado por empresas privadas e pelo Estado. Sendo assim, a cultura eleita como "carro chefe" das mudanças na base técnica da produção, desencadeado a partir de meados da década de 1960, foi sem dúvida a soja. Sua expansão teve suporte estatal nunca visto no Brasil, através de oferta de crédito abundante para a compra de máquinas e insumos. Até mesmo quando a política não era dirigida à soja, esta obteve benefícios. Todas essas mudanças provocaram transformações socioespaciais nos mais diversos lugares por onde a soja se expandiu. No referido artigo o estado do Paraná, segundo maior produtor brasileiro, recebeu atenção especial, com uma analise de como ocorreu tais mudanças tanto nas técnicas de produção, na estrutura social, econômica e consequentemente na reorganização espacial.Palavras-chaves: modernização, agricultura, soja, Paraná, transformações socioespaciais 1 Doutora em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina Revista Geografar www.ser.ufpr.br/geografar Curitiba, v.6, n.1, p.161-191, jun./2011 ISSN: 1981 162 MODERNIZATION OF AGRICULTURE, EXPANSION OF SOYBEAN IN BRAZIL AND THE TRANSFORMATION SOCIOSPATIAL IN PARANA ABSTRACTThe present article discussed the main factors that were preponderant in the expansion of the soybean in several Brazilian areas. Besides highlighting that in the last decades the farming went by deep transformations, as the centralization of capitals (through the capital monopolist's articulation), occupation of new areas (especially the Center-west), disaggregation of the self-consumption production, transformation of part of the small production in specialized production and with high productivity integrated into the market and of a part of the latifundium in capitalist companies, expansion in the production of foods to the internal and external market, that last one took place starting from a competitive insert of Brazil in the world market of foods through the growth and of the diversification of the agricultural products, rural exodus, use of little labor for the work agricultural, intense mechanization and use of inputs, technical suppo...
No Paraná, a escravidão ocorreu nas regiões de ocupação mais antiga, a mão-de-obra escrava era utilizada no cultivo de erva mate ou na prática de pecuária. Onde a escravidão esteve presente, os quilombos surgiram e hoje esses territórios são denominados de Comunidades Remanescentes de Quilombos (CRQs). Este artigo buscou entender a permanência e a resistência das CRQs no Paraná por meio de levantamento bibliográfico sobre o processo de escravidão no estado, a visão de quilombo enquanto um território, o contexto em que as CRQs surgiram e sua espacialidade atual e as estratégias de resistência das comunidades. Com isso, observou-se que a conquista de terras quilombolas é um processo contínuo de luta, e têm como obstáculos as ameaças ininterruptas de perdas de suas terras, em especial devido a expansão de culturas para exportação e de áreas de plantio de madeira de uso comercial.
O presente artigo teve como objetivo investigar a percepção dos egressos do sistema de cotas da Universidade Estadual de Londrina sobre as políticas de permanência desta instituição. Na primeira parte são discutidas as políticas de ações afirmativas no ensino superior no Brasil e na UEL; para tanto, utilizaram-se as obras de: Silva e Pacheco (2012), Silva (2014), Feres Junior et al. (2017) e Souza (2018), entre outros. Na segunda parte, abordam-se as políticas de permanência instituídas no Brasil nas Universidades Federais e Estaduais e, posteriormente, o contexto das políticas de cotas e de permanência na universidade estudada. Por fim, apresentou-se um levantamento realizado por meio de questionário online com 200 egressos cotistas raciais da UEL, que se formaram entre 2010 e 2016. As perguntas investigadas neste artigo dizem respeito especificamente à questão da permanência desses estudantes e perpassaram assuntos como dificuldades enfrentadas, racismo, auxílios estudantis e possíveis sugestões de melhorias das políticas de permanência desta universidade. Constatou-se que tais políticas são necessárias para que estudantes negros consigam concluir o curso; no entanto, precisam ser ampliadas e, principalmente, mais bem divulgadas, para que atinjam uma quantidade maior de estudantes.
O processo produtivo agrícola brasileiro torna-se cada vez mais dependente do uso dos agrotóxicos. No ano de 2009, o Brasil alcançou o posto de maior consumidor mundial desses produtos. A presente pesquisa tem como escopo investigar a percepção dos estudantes do 3º ano do ensino médio de uma escola de educação do campo no distrito de Lerroville, município de Londrina-PR, quanto ao uso de agrotóxicos na produção de alimentos e os problemas socioambientais decorrentes, bem como alternativas para produção de alimentos saudáveis. Para desempenho deste estudo, foram realizadas duas frentes de trabalho: de gabinete e de campo. Preliminarmente, levantamento bibliográfico, pesquisa documental e eletrônica, seleção e leitura de bibliografias que caracterizem a agricultura tecnificada, de um lado, e o consumo de agrotóxicos, do outro; a organização de um roteiro de perguntas e a aplicação de entrevista previamente planejada e agendada para coleta dos dados por meio da formação de grupo focal. Assim, embora a pesquisa tenha abordado aspectos econômicos e políticos inerentes à modernização da agricultura, abordou também o reconhecimento e a valorização dos processos culturais presentes nas práticas de produção da agricultura camponesa.
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