A comunidade científica tem reconhecido a necessidade e a importância de investimentos de pesquisas na área da saúde dos adolescentes. Este artigo se propõe a discutir a relação entre saúde e escola na percepção dos profissionais que trabalham com adolescentes na atenção primária à saúde no Distrito Federal (DF). Foram entrevistados 13 profissionais de saúde que atendem adolescentes, e atuam no Programa de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes (PRAIA), em dois centros de saúde onde funcionava o Programa, localizados nas duas regiões de menor IDH do DF. Essas foram transcritas e submetidas à análise construtiva-interpretativa, que permitiu a construção de duas zonas de sentido, assim denominadas: 1) a saúde precisa ir à escola, mas estamos paralisados; 2) o desconforto dos profissionais com a forma como as demandas são formuladas pela escola. Essas revelaram que existe uma grande dificuldade de integração entre os profissionais das áreas de educação e saúde. Os principais obstáculos apontados concentram-se no excesso de burocracia, na falta de tempo, escassez e sobrecarga dos profissionais e o despreparo para construir ações integradas, tanto da saúde quanto da educação. Apesar da existência de políticas pú-blicas que preconizam a ação conjunta de diferentes esferas do governo, no caso a saúde e a educação, tendo como centro o adolescente, ainda precisam ser incorporadas pelos profissionais. Assim, a pesquisa constatou o distanciamento temporal entre os documentos oficialmente instituídos e a criação de uma cultura local entre gestores e profissionais que estão na execução. Palavras-chave: Serviços de Saúde do Adolescente; Educação; Políticas públicas.
RESUMO:Este texto trata da discussão de conflitos familiares, especialmente do divórcio destrutivo, na perspectiva da Psicologia Jurídica. Buscamos aprofundar conhecimento acerca do modus operandi da Psicologia Jurídica, da interrelação dos operadores da Psicologia e do Direito, das complexas decisões que envolvem esse tema, além de enfocar as características dos processos que legislam sobre famílias em situação de violência. Após uma breve passagem pela construção histórica da ação do psicólogo na Justiça, destacamos a separação conjugal que envolve grandes disputas e expressões de violência, e que somente encontra possibilidades de acordo no contexto judicial. apontamos a necessidade de trabalhar para preservar o melhor interesse das crianças e adolescentes, e oferecer espaço de continência afetiva e conversacional aos ex-cônjuges. Cremos ser necessária a implantação de mudanças na formação do psicólogo e do jurista e nas concepções da Justiça, que deve se voltar para o cuidado e a cidadania das pessoas. ABSTRACT: This text deals with the discussion of family conflicts, specially the destructive divorce, under the perspective of Forensic Psychology. We aimed at deepening the knowledge about the modus operandi of Forensic Psychology, of the interrelation of the Psychology and law professionals, of the complex decisions involving this subject, besides focusing on the characteristics of the processes which legislate on families in situation of violence. after a brief passage by the historical construction of the psychologist action in Justice, we comment on the separation of husband and wife which involves great disputes and which only has possibilities of agreement in the judicial context. We point to the need to work in order to preserve the best interest of the children and adolescents and to offer an space of affective and conversational continence to ex-married. We deem to be necessary to introduce changes to the academic formation of the psychologist and the law professional and to the Justice conceptions which must be directed to the care and citizenship of persons. PALAVRAS-CHAVEKEYWORDS: forensic psychology, destructive divorce, marital violence, psychosocial evaluation.As autoras são pesquisadoras na área da Psicologia Jurídica, consultoras do setor psicossocial de um tribunal de Justiça, e oferecem supervisão para os profissionais que atuam na avaliação psicossocial de famílias e realizam essa avaliação em processos das Varas Cível e Criminal, subsidiando os juízes em suas decisões. Este texto diz respeito às discussões ocorridas durante o período de seis meses de uma consultoria que visou, principalmente, a discutir situações de conflitos familiares. Estas discussões versaram sobre alguns tópicos que consideramos interessantes de serem aprofundados, e isso é o que nos propomos realizar, a partir de uma perspectiva do modus operandi da Psicologia Jurídica, da interrelação dos operadores da Psicologia e do Direito, das complexas decisões que envolvem o divórcio destrutivo e das características dos proce...
RESUMO. O objetivo do texto é discutir a construção do relatório psicossocial que é enviado ao juiz, sobre adolescentes em conflito com a lei. Propomo-nos discutir como este relatório pode ser construído de modo a não beneficiar unicamente o juiz e ser um instrumento de enriquecimento do processo jurídico e de ampliação da visão dos atores do judiciário sobre a fase de desenvolvimento do adolescente. O documento não deve ser elaborado em uma visão apenas avaliativa, mas de modo a devolver a humanidade aos sujeitos dependentes das decisões judiciais e promover uma perspectiva de intervenção psicossocial. Este relatório deve ser útil, correto e justo para com o adolescente. Sua construção precisa valorizar a família e reconhecer sua realidade socioeconômica, basear-se na perspectiva da fase de desenvolvimento deste sujeito, enfocar a circularidade das relações que ele mantém em seu meio ambiente e resgatar a proteção que lhe é devida. Palavras-chave: Adolescente em conflito com a lei; relatório psicossocial; direitos humanos.
The present study investigated the perception of young Brazilians of professional help and barriers to seeking mental health services. A total of the 1,030 questionnaires were administered to young people aged 8-21 years of both genders attending public and private school or who had received or were receiving treatement at mental health facilities in three Brazilian cities. The data were evaluated using descriptive statistics, exploratory factor analysis, and comparison between means. The results showed fear of stigmatization as a major barrier to seeking mental health treatment, exerting greater impact than that of structural barriers. Regional differences influenced their perception of the treatment. Having undergone previous mental health treatment was found to be related to a greater perception of the positive effects of the treatment and the structural barriers to accessing care services. It was found that the onset of mental disorders usually occurs during early adolescence. School-related issues, anxiety, fear, and depression were the most common reasons for mental health treatment seeking among young people.
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