RESUMO -O objetivo deste estudo foi analisar aspectos clínicos, epidemiológicos e evolutivos da paralisia facial periférica idiopática em 180 pacientes. Houve ligeiro predomínio do sexo feminino (66,7%). Quanto à faixa etária mais acometida, foram observados dois picos de incidência um nas terceira e quarta décadas, e o outro na sexta década de vida. Nos 180 pacientes houve 198 episódios de paralisia facial periférica, sendo 17 recorrências e em um paciente a paralisia foi de instalação inicial bilateral. Em 15 pacientes (8,3%) houve recidiva da paralisia facial, em dois casos a paralisia se repetindo por mais duas vezes. Em 12 casos (70,6%) a recidiva ocorreu no mesmo lado da paralisia anterior. O lado esquerdo da face estava envolvido em 55,6% dos casos. Em oito pacientes a paralisia aconteceu na gestação (n=5) ou no pós-parto (n=3). Quatro das pacientes grávidas apresentaram paralisia de Bell no terceiro trimestre. Uma paciente com 18 anos de idade desenvolveu paralisia facial do lado direito no sétimo mês da gravidez, havendo recidiva da paralisia no mesmo lado aos 23 anos de idade, no 15º dia pós-parto. Como condicões associadas encontramos hipertensão arterial sistêmica (11,7%), diabete mélito (11,1%), gravidez ou pós-parto imediato (4,4%; 6,7% nas mulheres) e neurocisticercose (1,1%). Em 72,8% dos casos não encontramos associação com outras afecções. Em 22,8% dos pacientes observou-se uma das seguintes sequelas: espasmo hemifacial (12,8%), recuperação parcial do déficit motor (10,6%), síndrome das lágrimas do crocodilo (3,3%), contrações sincinéticas (2,8%), lacrimejamento (1,1%) e fenômeno de Marcus Gunn invertido (1,1%). Concluíndo, no estudo foi demonstrado que a paralisia facial periférica idiopática pode provocar sequelas importantes, cosméticas ou funcionais, em mais de 20% dos pacientes.PALAVRAS-CHAVE: paralisia facial periférica, hipertensão arterial, diabete mélito, gravidez, sequela. Idiopathic facial paralysis (Bell´s palsy): a study of 180 patientsAbstract -The objective of this study was to analyze some clinical and epidemiologic aspects, as well as the follow up of 180 patients with Bell´s palsy. In the study population there was a predominance of female (66.7%). Two peaks of incidence in the age distribution were identified: third-fourth and sixth decades of life. In the group of 180 patients there were 198 events of facial paralysis, 17 recurrences and in one patient the paralysis was bilateral at the onset. In 15 patients (8.3%) there were recurrences of the facial paralysis, in 12 cases (70.6%) the recurrences were ipsilateral. The left side of the face was involved in 55.6% of the cases. In eight patients the paralysis ocurred during pregnancy (n=5) or puerperium (n=3). As associated conditions we found: arterial hypertension (11.7%), diabetes mellitus (11.1%), pregnancy or puerperium (4.4%; 6.7% in the women), and neurocysticercosis (1.1%). In 72.8% of the cases no association with such conditions was found. In 22.8% of the patients some kind of sequelae were identified: hemifacial spa...
The temporal branch of the facial nerve is particularly vulnerable to traumatic injuries during surgical procedures. It may also be affected in clinical conditions. Electrodiagnostic studies may add additional information about the type and severity of injuries, thus allowing prognostic inferences. The objective of the present study was to develop and standardize an electrophysiological technique to specifically evaluate the temporal branch of the facial nerve. Method: Healthy volunteers (n=115) underwent stimulation of two points along the nerve trajectory, on both sides of the face. The stimulated points were distal (on the temple, over the temporal branch) and proximal (in retro-auricular region). Activities were recorded on the ipsilateral frontalis muscle. The following variables were studied: amplitude (A), distal motor latency (DML) and conduction velocity (NCV). Results: Differences between the sides were not significant. The proposed reference values were: A ≥0.4 mV, DML <3.9 ms and NCV ≥40 m/s. Variation between hemifaces should account for less than 60% for amplitudes and latency, and should be inferior to 20% for conduction velocity. Conclusion: These measurements are an adequate way for proposing normative values for the electrophysiological evaluation of the temporal branch. Key words: electrodiagnosis, facial nerve, facial paralysis, neural conduction.Ramo temporal do nervo facial: um estudo normativo da condução nervosa RESUMO O ramo temporal do nervo facial é particularmente vulnerável a lesões traumáticas nos procedimentos cirúrgicos. Também pode ser acometido em várias condições clínicas. Estudos eletrodiagnósticos podem acrescentar informações quanto ao tipo e severidade das lesões. A pesquisa visa aperfeiçoar técnica eletrofisiológica para avaliação específica daquele ramo. Método: Voluntários (n=115) foram submetidos a estimulação eletroneurográfica em dois pontos, nas duas hemifaces. Estímulo distal na têmpora, estímulo proximal na região retroauricular. Foram registradas distâncias dos pontos de estímulo até pontos anatômicos da face; assim como variáveis relacionadas com o potencial de ação resultante. Resultados: Houve grande variabilidade nas amplitudes, porém a diferença entre as hemifaces não foi significativa. Valores de referência propostos foram: amplitude (A) ≥0.4mV, latência motora distal (LMD) <3.9ms e velocidade de condução (VCN) ≥40m/s. Variabilidade aceitável entre os lados: LMD e A <60% e VCN <20%. Conclusão: Este estudo pode ser a ferramenta inicial para aplicações futuras no diagnóstico e seguimento de pacientes com lesões no ramo temporal. Palavras-chave: eletrodiagnóstico, nervo facial, paralisia facial, condução nervosa.
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