INTRODUÇÃO:A produção de biossurfactantes têm sido intensivamente estudada nos últimos anos, uma vez que estes agentes são biodegradáveis e possuem aplicação em diversos setores industriais, além de serem ecologicamente compatíveis e promissores. OBJETIVOS: Esse trabalho tem como objetivo, a produção de biossurfactante por Delftia acidovorans CCT 5040 utilizando resíduos industriais e caracterização das propriedades tensoativas e emulsificantes. METODOLOGIA: O biossurfactante foi produzido em dois meios contendo: Condição 1: água destilada suplementada com 2,5% de melaço de cana, 3% de milhocina e 1% de resíduo de óleo vegetal e na Condição 2: água destilada suplementada com 4% de borra de óleo residual, 3% de milhocina e 0,5% de resíduo de óleo de soja. Os meios foram mantidos em agitação orbital em 200 rpm, a uma temperatura de 28°C, durante 144 horas. Após esse período os meios foram centrifugados sob agitação de 4500 rpm durante 15 minutos para a obtenção do líquido metabólico livre de células. Em seguida foram avaliadas as propriedades tensoativas e emulsificantes do biossurfactante. Para a realização de teste de emulsificação, foram utilizados os óleos de motor residual, girassol e soja. RESULTADOS: De acordo com os resultados obtidos, pode-se observar que valores da tensão superficial na Condição 1, indicou uma redução na tensão da água de 72 para 30 N/m e na Condição 2, o valor da tensão superficial reduziu para 25 mN/m. Com relação ao Índice de emulsificação, o melhor resultado de emulsificação foi obtido para o óleo de motor com emulsão de 90% na Condição 1 e 53% de emulsificação para a Condição 2. CONCLUSÃO: O presente estudo demonstrou, que o biossurfactante produzido a partir da Delftia acidovorans utilizando resíduos industriais de baixo custo, apresentou propriedades promissoras na redução da tensão superficial e na capacidade de emulsificação.
Os biossurfactantes são biomoléculas de superfície-ativa produzidas por microrganismos e possuem uma ampla variedade de usos. Bactérias, leveduras e fungos filamentosos são capazes de produzir biossurfactantes e as espécies de Pseudomonas são muito utilizadas na produção desses compostos. Devido à crescente demanda por biossurfactantes, novos substratos têm sido avaliados para que possam ser utilizados em sua produção, esses materiais de baixo custo são empregados para reduzir os custos de fabricação e fornecer serviços de gerenciamento de resíduos. Os biossurfactantes são produtos biodegradáveis e apresentam baixa toxicidade, o que os tornam atraentes e muito úteis nas mais diferentes indústrias. Além disso, possuem muitas propriedades e características, como excelente atividade de superfície, alta seletividade, grande capacidade de formação de espuma, são biocompatíveis, ecologicamente corretos e funcionam efetivamente em ambientes extremos. OBJETIVOS: Nesse sentindo, este trabalho objetivou-se em produzir e avaliar as propriedades tensoativas e emulsificante do biossurfactante produzido por Pseudomona pickettii. METODOLOGIA: A bactéria Pseudomona pickettii foi cultivada em meio de baixo custo contendo água destilada suplementada com 4 % de borra, 3 % de milhocina e 0,5 % de óleo de fritura residual, durante 144 horas à 200 rpm. Após a produção, o biossurfactante foi avaliado quanto as suas propriedades tensoativas e emulsificante. Foram realizados testes de determinação da tensão superficial, medida em tensiômetro KSV Sigma 700 (Finland), utilizando-se anel de NUOY. Para os testes de atividade de emulsificação, 2 mL de um hidrocarboneto foram adicionados à 2 mL do líquido metabólico livre de células em um tubo de ensaio e agitado em vórtex durante 2 minutos. O ensaio foi conduzido em triplicata e a estabilidade da emulsão foi determinada após 24 horas. RESULTADOS: O biossurfactante formulado apresentou excelente capacidade na redução da tensão superficial da água de 72 mN/m para 26 mN/m, e demonstrou bom desempenho na atividade de emulsificação sob os hidrocarbonetos testados, com resultados de 100 % de emulsificação para óleo de motor, 56 % para óleo de girassol e 48 % para óleo de soja. CONCLUSÃO: Portanto, o biossurfactante produzido pela bactéria Pseudomona pickettii mostrou-se uma biomolécula com propriedades promissoras demonstrando excelente capacidade tensoativa e emulsificante.
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