Durante a pandemia de COVID-19, vozes críticas à educação escolar se fortaleceram e vem alimentando o movimento da desescolarização. Este artigo pretende refletir sobre esse movimento em duas direções de análise: 1) pelas práticas alternativas de ensino conhecidas como homeschooling na Educação Básica, somadas com a precarização das relações e dos processos de ensino e aprendizagem no Ensino Superior; e 2) pela incorporação das TIC fundamentada no discurso da modernização das práticas escolares. Como resultado, apontamos que, embora a desescolarização implica em argumentos que conquistam por suas características reconhecedoras de uma nova ecologia de aprendizagem, o movimento apresenta interesses extraeducacionais, levando a construção de uma sociedade alheia ao coletivo, que reduz as oportunidades de interações e encontros intersubjetivos importantes ao desenvolvimento humano, no qual pesa o exercício da empatia, da solidariedade, da crítica e do respeito às diversidades.
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