Resumo: Este trabalho apresenta a análise das narrativas de crianças e professores que se desenvolvem na sala de aula e em um museu de ciências, em situações de ensino-aprendizagem formal e não-formal. A pesquisa tratou das relações entre ensino formal (escola) e não-formal (museu), focalizando indícios e práticas que envolvem, de um lado, o movimento CTS e, de outro, processos de alfabetização cientí-fica e tecnológica no ensino de ciências. Nas considerações finais, destacamos as contribuições da investigação para a melhoria do ensino de ciências.Unitermos: ensino em CTS; educação não-formal; pensamento narrativo e paradigmático Abstract: This research presents an analysis of children and teachers' narratives which take place in a classroom and in a museum, formal and non-formal teaching-learning situations. The research dealt with the relations between formal teaching (school) and non-formal teaching (museum), bringing into focus clues and practices which involve, by one side, the STS movement and, by the other side, scientific and technological alphabetization processes in science teaching. In the final considerations, it outstands the reseach contributions to the improvement of the science teaching. Keywords: STS teaching; non-formal educatio, narrative and paradigmatic thinking IntroduçãoPensar e esboçar uma proposta de educação científica para o mundo globalizado, no Brasil, com agudas diferenças sociais e culturais, não é tarefa fácil tendo em vista, principalmente, o destaque que passou a ser dado à educação neste novo contexto. Nele, a educação se insere nas novas estratégias de sobrevivência e de existência capazes de orientar as sociedades e culturas no sentido de se habilitarem melhor para interagir e trocar conhecimentos científi-cos, técnicos e tecnológicos em espaços reais e virtuais.O desafio do novo tempo exige, especialmente para aqueles que analisam e se dedicam às questões educacionais, a indicação de pistas e rumos capazes de preparar, em tempo cada vez mais curto, indivíduos de gerações e grupos étnicos, religiosos, culturais e sociais diferentes para viverem em contextos sociais plurais e que requerem conhecimentos e domínios de habilidades permanentemente atualizados e continuamente articulados em termos de teoria e prática. Neste contexto, ganha força a defesa da tese da alfabetização científica e tecnológica, que vem sendo discutida desde os anos 70 e que contém em sua formulação o debate sobre a relação entre ciência, tecnologia e sociedade (CTS).
Mostramos neste artigo as possibilidades e a necessidade de se trabalhar a alfabetização científica, integrando ensino formal, não-formal e divulgação científica. Entendemos que a perspectiva de alfabetização científica está diretamente vinculada ao ensino com base nas relações Ciência, Tecnologia e Sociedade -CTS. Após uma breve resenha do significado de alfabetização científica e CTS, ressaltamos a importância de se articular narrativa, mito, ciência e tecnologia no ensino de ciências. Nos apoiamos em uma sondagem feita com 108 professores participantes de um curso, 18 participantes de um seminário e 12 observações de turmas em visita a um museu de ciências para retratar, de um lado, as possibilidades que os professores vislumbram de se trabalhar ciências via CTS e, de outro, as incoerências que emergem quando certos conteúdos escolares são explorados na visita de alunos a um museu de ciências. INTRODUÇÃOO espaço dedicado, atualmente na mídia, à divulgação científica, por meio de filmes e programas de TV, artigos de jornais e revistas, pode-nos dar a dimensão da importância que a ciência e a tecnologia têm no processo de transformação do mundo de hoje. Alguns desses veículos apresentam e discutem temas que permitem ao grande público conhecer certa dimensão dos problemas e das transformações a serem enfrentados em face do uso exacerbado da tecnologia. Entre eles, vale mencionar o bug do milênio, o qual faria com que o computador confundiria os dois últimos algarismos do ano 2000 com os do ano 1900, provocando problemas de diversos tipos e prejuízos calculados em US$600 bilhões. Exemplos de problemas potencialmente gerados pelo bug do milênio são os satélites que sincronizam algumas usinas elétricas e o processo de transferências internacionais de fundos. Se o problema não fosse solucionado a tempo, as usinas deixariam de funcionar e a contagem de tempo, para transferência de fundos, se não fosse computada em segundos (como deve ser), seria em anos, o que acarretaria cobrança de juros que poderiam chegar à casa dos trilhões de dólares (Zuckerman, 1999: 3).Um artigo de divulgação científica, publicado na revista Época, pode indicar como a mídia elabora idéias sobre os tipos de transformações que a ciência e a tecnologia (C&T) apontam para o próximo milênio:
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