Lem bran ças da ma te má ti ca es co lar: a cons ti tu i ção dos alu nos da EJA como su je i tos da apren di za gem Ma ria da Con ce i ção F.R. Fon se ca Uni ver si da de Fe de ral de Mi nas Ge ra is Re su mo Pou co se tem re fle ti do so bre a in cor po ra ção da ex pe riên cia esco lar an te ri or de alu nos adul tos que se re-inserem na Edu ca ção Bá si ca. Este ar ti go fo ca li za a enun ci a ção de re mi nis cên ci as da ma te má ti ca es co lar pro ta go ni za da por alu nos da Edu ca ção de Jo vens e Adul tos (EJA), pro cu ran do re ve lá-las como um compo nen te fun da men tal na cons ti tu i ção do alu no adul to como su je i to não só da apren di za gem da ma te má ti ca, mas do pró prio pro ces so de es co la ri za ção. Mais do que me ras re fe rên ci as a con ce i tos ou pro ce di men tos de ma te má ti ca apren di dos em ou tras opor tu ni da des, com pre endem-se, aqui, as re mi nis cên ci as como efe i tos da me mó ria que per me i am a pro du ção de sen ti do. O tex to fo ca li za sua enun ci ação no âm bi to das prá ti cas dis cur si vas que con for mam os (e se con for mam nos) pro ces sos de en si no-aprendizagem da ma temá ti ca na EJA, to man do-a como ação so ci al or ga ni za da, que ins ti tui a lem bran ça com par ti lha da da ma te má ti ca es co lar como ár bi tro da le gi ti mi da de co le ti va. Ao se ana li sa rem tre chos de in te ra ções en tre a pes qui sa do ra e alu nos que cur sam o equi va len te à 5ª sé rie do en si no fun damen tal num pro je to de EJA, des ta cam-se as di men sões se mânti co-pragmáticas da re me mo ra ção que nes se con tex to se ma ni fes ta e que se con si de ra au to cons ci en te, me ta cog ni ti va, e es tru tu ra da no dis cur so e pelo dis cur so. Por sua na tu re za so ci ocul tu ral , essa re me mo ra ção, ao se fa zer co le ti va, aten de a um cha ma do do pre sen te, re-significando o pas sa do. Pa la vras-chaveEdu ca ção de Jo vens e Adul tos -Me mó ria -Dis cur so . Cor res pon dên cia: Ma ria da Con ce i ção F.R. Fon se ca R. Con ce i ção do Mato Den tro, 250 apto. 1203A 31310-240 -Belo Ho ri zon te -MG ema il: mcfrfon@net.em.com.br AbstractLit tle re flec ti on has been de vo ted to the in cor po ra ti on of pre vi ous scho ol ex pe ri en ces of adult stu dents that re en ter ba sic edu ca ti on. This ar ti cle fo cus on the com mu ni ca ti on of re mi nis cen ces of Mat he ma tics made by stu dents of Young ster and Adult Edu ca ti on, trying to re ve al them as a fun da men tal com po nent in the cons ti tu ti on of adult stu dents as sub jects not only of the ir le ar ning of Mat he ma tics, but of the scho o ling pro cess it self. More than as mere re fe ren ces to con cepts or pro ce du res of Mat he ma tics le ar ned in ot her op por tu ni ti es, re mi nis cen ces are vi e wed here as me mory ef fects that per me a te the pro duc ti on of me a ning. The text fo cus on the ir com mu ni ca ti on in the con text of dis cur si ve prac ti ces that sha pe (and take sha pe in) the te a ching-learning pro ces ses of maths in Young ster and Ad...
ResumoEste artigo focaliza modos como licenciandos e licenciandas do Curso de Formação Intercultural para Educadores Indígenas se apropriam de práticas discursivas da matemática escolar, quando avaliam ou elaboram propostas pedagógicas para o ensino de matemática na escola da aldeia. A partir do material empírico produzido no acompanhamento da turma de licenciatura em matemática desse Curso, em que adotamos procedimentos etnográficos, tecemos uma análise que reforça a compreensão dos processos de apropriação relacionada ao problema da significação e à questão da participação em práticas sociais. Assim, o modo como educadores em formação gerenciam o confronto entre práticas discursivas de diferentes tendências dos campos da Educação Matemática e da Educação Escolar Indígena delineia não só concepções de matemática e de seu ensino na escola indígena, mas, também, possibilidades de estruturação e análise das propostas pedagógicas que pretendam adotar em sua atividade docente. Palavras AbstractThis paper focuses on the ways by which undergraduates of an Intercultural Training Course for Indigenous Teachers appropriate discursive practices of school mathematics, when they evaluate or develop educational proposals to mathematics teaching in the village school. From an empirical material produced when observing this course and adopting ethnographic procedures, we weaved an analysis that enhances the understanding of the processes of appropriation related to the problem of meaning and the question of participation in social practices. Thus, the way the educators in training manage the confrontation between discursive practices of different trends in the field of Mathematics Education and Indigenous Education outlines not only mathematics conceptions and its teaching in the indigenous school, but also possibilities of structuring and analyzing pedagogical proposals that they intend to adopt in their teaching activities.
Este artigo tem como propósito discutir as diferenças apresentadas por mulheres e homens em práticas matemáticas cotidianas, demandadas pelos apelos ou pelas oportunidades de uma sociedade pautada na dinâmica e nos critérios da cultura escrita. Tomaremos para análise os resultados divulgados na quarta edição da pesquisa Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (INAF), realizada em 2004, que avaliou as condições e a eficiência da população jovem e adulta brasileira na mobilização de habilidades matemáticas na execução de tarefas do cotidiano, e na qual os resultados apresentados pela população masculina foram considerados sensivelmente superiores aos resultados apresentados pela população feminina. Apoiando-nos numa reflexão referenciada numa perspectiva foucaultiana, buscamos compreender esses resultados como articulados a um campo discursivo, marcado pela racionalidade matemática de matriz cartesiana. Analisando, nessa perspectiva, os mecanismos que contribuem para um pior desempenho das mulheres em relação aos homens em avaliações dessa natureza - voltadas para as possibilidades de dar respostas consideradas adequadas na execução de tarefas cotidianas consideradas relevantes -, nossa preocupação se volta para a identificação de mais uma instância de produção de desigualdades entre as mulheres e os homens, representada pela maior valorização (na vida social e nas avaliações) de certos modos de conceber e reagir diante das demandas do cotidiano. Como educadoras, interessanos desvendar a produção das desigualdades, de maneira a desconstruir discursos que a favorecem e instaurar outras perspectivas de análise e de ação pedagógica.
Atualmente permeiam os diversos discursos que circulam no campo educa cional, ou que o tomam como objeto, a preocupação e de certa forma a esperança de se estabelecerem relações entre o que se aprende na escola e as experiências e demandas laborais de estudantes, especialmente se tais estudantes, em qualquer fase da escolarização, são pessoas adultas, jovens ou mesmo adolescentes. Reflexos dessa preocupação (e dessa esperança) tornam recorrentes nas propostas pedagógicas voltadas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) recomendações explícitas para que se tomem as atividades laborais de alunas e alunos como subsídio e motivação para a abordagem de conteúdos escolares ou como pretexto para a proposição de atividades de cunho didático.
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