Resumo Objetivo Analisar a associação entre insegurança alimentar (IA) e fatores sociodemográficos em crianças. Métodos Estudo realizado no período maio-novembro de 2017, com mães de crianças (18-35 meses) matriculadas na rede pública de ensino de São José dos Pinhais, Paraná, Brasil. A IA foi acessada pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Utilizou-se regressão logística multinomial com modelo hierárquico. Resultados Participaram 395 mães/crianças. A prevalência da IA foi de 34,7% (IC95% 28,5;41,5), sendo 25,7% (IC95% 19,2;32,3) para IA leve (IAL) e 9,0% (IC95% 8,5;9,4) para IA moderada/grave (IAMG). Famílias pertencentes ao menor tercil de renda tiveram maior chance de IAL (OR=3,06 - IC95% 1,26;7,41) ou IAMG (OR=6,35 - IC95% 1,89;21,4), comparadas ao maior tercil. Maior prevalência de IAL foi identificada em meninos (OR=2,34 - IC95% 1,49;3,68). Conclusão IA foi associada a menor renda; e IAL, ao sexo masculino da criança. Políticas públicas de aumento de renda devem ser incluídas nas estratégias de redução da IA.

No abstract

O objetivo deste trabalho foi relatar a vivência de um projeto de apoio assistencial por telemonitoramento de militares e seus dependentes. Método: Relato de experiência da implementação de um sistema de acompanhamento, através de ligações telefônicas e de mensagens por aplicativo, aos usuários do Esquadrão de Saúde de Curitiba da Força Aérea Brasileira, como estratégia de atenção humanizada aos pacientes durante a Pandemia de Covid-19, no período de março de 2020 a outubro de 2021. Resultados: Foram registrados 2.376 teleatendimentos, abrangendo militares e seus dependentes. O contato através do aplicativo  foi uma ótima solução para proporcionar a escuta desses pacientes durante o período de isolamento. Conclusão: A atenção qualificada dada durante os dias de isolamento foi relevante não só devido ao esclarecimento de dúvidas sobre os sintomas e a evolução da doença, como também aos cuidados emocionais voltados às pessoas em quarentena, destacando-se como um mecanismo de conforto frente à tensão da doença em si. O telemonitoramento foi fundamental para evitar o congestionamento do pronto-atendimento médico e no conforto das pessoas, as quais viviam apreensivas com a situação e o risco diário causado pelo coronavírus.

The aim of the present study was to analyze the association between parental eating behavior and untreated early childhood caries (ECC). A cross-sectional study was conducted with a representative sample of 432 parent-child dyads with children aged 18 to 36 months, at Municipal Child Education Centers in São José dos Pinhais, Brazil. The parents answered a questionnaire addressing demographic and socioeconomic characteristics, and the children were examined for dental caries (modified dmft index) by a single examiner (kappa = 0.80). A six-item questionnaire was administered addressing parental food consumption, parental control of the child's food consumption, and parental offering of foods to the child. Three items were considered indicative of positive behavior, and three, of negative behavior. Univariate and multivariate Poisson regression analyses with robust variance were used for the data analysis (α = 0.05). The prevalence of untreated ECC was 20.3% (95%CI: 16.7-24.4). In the multiple regression model adjusted for the child's age and the parent's schooling, negative parental behavior was associated with a greater frequency of untreated ECC (PR a = 1.213; 95%CI:1.032-1.427, p = 0.019), but lost its significance when adjusted by positive parental behavior (PR a = 1.156; 95%CI: 0.983-1.358, p = 0.079). Based on the present findings, positive parental eating behaviors are capable of minimizing the impact of negative parental behaviors on the prevalence of untreated early childhood caries.