Introdução: Entre as ações do farmacêutico clínico está a otimização do tratamento farmacológico proposto ao paciente, que consiste em medidas que visem assegurar uma farmacoterapia necessária, segura e eficaz. Objetivo: Este trabalho tem por objetivo relatar as atividades realizadas por uma farmacêutica residente no primeiro ano do Programa de Especialização de Residência em Saúde do Adulto e do Idoso. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo do tipo relato de experiência realizada no período de agosto 2020 a janeiro e 2021. Durante a prática da farmácia clínica, na revisão da medicação, observou-se que dois medicamentos injetáveis apresentaram inconformidades quanto a volume e tipo de diluente. Esta situação foi observada através da consulta em bases de dados disponíveis. Resultados e Discussão: Diante disto, foram realizadas intervenções junto a gestão da farmácia do hospital para adequação das informações sobre prescrição dos medicamentos no sistema eletrônico de distribuição de medicamentos e comunicação aos servidores do hospital por meio de divulgação institucional. Em adição, foram realizadas intervenções junto as equipes de enfermagem, médicos e assistenciais com intuito de orientar sobre a importância das medidas adotadas para segurança do paciente. Conclusão: Diante do exposto é notório a importância do farmacêutico clínico para promoção e proteção da saúde do usuário hospitalar.
Objetivo: Verificar a associação entre a ocorrência de discrepâncias medicamentosas na admissão hospitalar e o tempo de internação em pacientes cirúrgicos em um hospital de ensino. Método: Trata-se de estudo de coorte retrospectivo, realizado com todos os pacientes internos na clínica cirúrgica no período compreendido entre os anos de 2014 a 2018. As discrepâncias foram avaliadas comparando os medicamentos da primeira prescrição médica em ambiente hospitalar e os medicamentos constantes na melhor história possível da medicação, document este constituinte do prontuário farmacêutico que detalha o uso dos medicamentos em domicílio na semana que antecede a internação. Essas informações foram obtidas através de entrevista estruturada com o paciente, aplicada por farmacêutico clínico nas primeiras 24h de entrada do paciente no hospital. Estes pacientes foram avaliados em dois grupos: (a) expostos a discrepâncias medicamentosas e (b) não expostos. As fontes de dados foram os prontuários farmacoterapêutico e eletrônico do paciente. O nível de significancia estatística foi estabelecido em p<0,005. Resultados: Foram incluidos 338 indivíduos, destes 187 (55,3 %) expostos a discrepâncias medicamentosas. A média do tempo de internação dos expostos foi de 11 dias (DP=23), já o grupo não exposto foi de 10,5 dias (DP=38) p=0,352. Observou-se que o grupo de expostos a discrepância, 112 (80,6%) indivíduos apresentavam pelo menos uma comorbidade. A média de tempo de internação dos adultos (idade até 59 anos) expostos a discrepâncias medicamentosas foi de 10,6 dias (DP=19,6) enquanto a dos não expostos foi de 8,6 dias (DP=40,5) p=0,483.No grupo de expostos a discrepância, 58 (52,7%) indivíduos adultos apresentaram pelo menos uma comorbidade, p=0,000. A média do tempo de internação dos idosos (idade acima de 60 anos) expostos à discrepância medicamentosa foi de 11,5 dias (DP= 27). Em contrapartida, a média do tempo de internação dos idosos não expostos à discrepância foi de 15,5 dias (DP= 31,7) p=0,394. No grupo de idosos expostos a discrepância, 54 (70,2%) indivíduos apresentavam pelo menos uma comorbidade. p=0,000. Conclusão: Este resultado sugere que não há associação entre discrepâncias medicamentosas na admissão hospitalar e o tempo de internação. A ocorrência de discrepâncias medicamentosas esteve associada a pacientes com comorbidades e idosos.
Fundamento: O diagnóstico da hipertensão arterial resistente (HAR) requer a identificação e exclusão de casos de pseudorresistência, que por sua vez deve-se à (1) má técnica de medição da pressão arterial (PA), (2) efeito do jaleco branco, (3) baixa adesão terapêutica e/ou (4) esquema terapêutico inadequado. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar prevalência de hipertensão pseudorresistente (HAPR) causada pela presença de Inadequação do Regime Terapêutico (IRT). Métodos: Foi realizado um estudo transversal com pacientes atendidos na atenção primária em Maceió entre dezembro de 2013 a fevereiro de 2014. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de hipertensão e em tratamento medicamentoso. Os pacientes foram avaliados quanto ao uso de medicamentos, análise do esquema terapêutico anti-hipertensivo, adesão terapêutica, valores de Pressão Arterial Sistólica (PAS) e Pressão Arterial Diastólica (PAD). Resultados: Foram incluídos no estudo 183 pacientes, destes 8 (4,3%) apresentaram HAR e 12 (6,6%) apresentaram HAPR. Todos os pacientes com HAPR apresentaram IRT entre os pacientes com HAS primária 74,8% foram expostos a IRT (p=0,000). O tipo de IRT mais frequente entre pacientes com HAPR foi a inércia terapêutica. Conclusão: Deste modo, concluímos que a IRT é recorrente entre pacientes com HAPR, sendo a inércia terapêutica o tipo de IRT mais frequente.
Objetivo: Relatar experiência de farmacêuticos clínicos na elaboração e aplicação de um instrumento para seguimento farmacoterapêutico baseados no mnemônico FAST HUG MAINDENS em uma unidade de terapia intensiva da COVID-19. Metodologia: A elaboração do instrumento foi realizada através da consulta a trabalhos que utilizaram o mnemônico na construção de suas ferramentas, bem como nas necessidades observadas na vivência do serviço. Resultados: A coleta dos dados era realizada diariamente através de análise do prontuário eletrônico do paciente, bem como durante as visitas aos pacientes onde eram observados os instrumentos ligados aos pacientes e registros de outros profissionais. Uma vez que eram identificados problemas relacionados a medicamentos, realizava-se a intervenção junto ao profissional responsável, toda a ação realizada pelas farmacêuticas era registrada no prontuário eletrônico do paciente. A ficha de acompanhamento permitiu ao farmacêutico o monitoramento de aspectos fundamentais no cuidado de pacientes críticos com COVID-19. Conclusão: A elaboração e utilização do instrumento de seguimento farmacoterapêutico permitiu a padronização do serviço de farmácia clínica aos pacientes críticos com COVID-19, facilitando a identificação de mais pontos de intervenção farmacêutica e agilizando a atuação do farmacêutico após a identificação de problemas relacionados a medicamentos.
A farmácia clínica tem como escopo solucionar e evitar os problemas relacionados aos medicamentos. O farmacêutico clínico atua voltado à farmacoterapia e condição clínica do assistido; seu trabalho também é feito em cooperação multidisciplinar, acatando a integralidade do SUS. Este artigo possui enfoque no relato das experiências vivenciadas por uma farmacêutica clínica na clínica cirúrgica de um Hospital de ensino no período de setembro de 2020 até fevereiro de 2021, em tempos de COVID-19. Quanto ao método, trata-se de um relato de experiência das atividades desenvolvidas pela profissional e supervisionadas pela farmacêutica clínica preceptora. As discussões foram pautadas com base no que foi vivenciado na clínica, sendo arranjadas em eixos norteadores de discussão, abordando temas relevantes para a atuação profissional do farmacêutico. Esse profissional mostrou-se crucial em tempos da pandemia de COVID-19, na educação, revisão de medicamentos, monitoramento de reações adversas e exames laboratoriais, e no fornecimento de orientações e recomendações relacionadas aos medicamentos. Portanto, foi possível evidenciar a importância do farmacêutico clínico na competência da integralidade. Este possui relevância na saúde pública, sendo crucial nos tempos da pandemia de COVID-19, a partir da educação em saúde e do uso racional de medicamentos.
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