Este artigo tem como objetivo analisar os modelos teóricos da Terminologia. Para tanto faz uma incursão pelas origens da Terminologia numa leitura histórica do seu desenvolvimento e sua associação à consciência dos cientistas sobre a importância das nomenclaturas científicas para a fixação e circulação do saber científico e técnico. O nascimento da Terminologia moderna advém dessa necessidade de normalizar, conceitual e denominativamente, os campos das ciências. Nesse sentido, o presente estudo faz uma retomada da Teoria Geral da Terminologia (TGT) para chegar a uma análise da Teoria Comunicativa da Terminologia (TCT), que estabelece fundamentos mais amplos e flexíveis para a Terminologia, instrumentalizando e fortalecendo-a para o desenvolvimento de seu objetivo – estudar e descrever, completa e adequadamente, os objetos terminológicos, abrindo possibilidades para o tratamento de realidades distintas. Para essa análise, baseamo-nos em Barbosa (1996), Cabré (1993; 1998; 1999), Krieger (2001), Rondeau (1984) e Wüster (1998).
Resumo: Este artigo analisa a discursividade performativa a respeito da identidade, da sexualidade e do feminismo a partir de postagens realizadas pela rapper curitibana Karol Conka em sua fanpage no Facebook, referentes ao lançamento de seu videoclipe Lalá. Os referenciais teóricos para o desenvolvimento desta pesquisa ancoram-se nos estudos da Linguística Aplicada e na concepção dialógica da linguagem do Círculo de Bakhtin. A partir da análise das cadeias enunciativas produzidas na fanpage da artista, é possível problematizar os modos como as redes sociais na Internet contribuem para a ressignificação das práticas de linguagem e vêm se caracterizando como espaço-tempo significativo de embate de vozes, bem como ambiente de posicionamento performativo. Os resultados evidenciam que, na enunciação dos sujeitos, são mobilizadas forças centrífugas e forças centrípetas.
O infográfico é um gênero discursivo explorado em diferentes práticas de linguagem na cibercultura, configurando n-designs a partir de aspectos sócio-históricos e diferentes recursos multimodais. Partindo da hipótese de que, ao longo do tempo, vem ocorrendo maior articulação de recursos da modalidade visual nessa prática discursiva, temos como objetivo analisar como esses elementos visuais são empregados na produção de sentido em infográficos na esfera jornalística. Para a constituição do corpus de análise, selecionamos 16 infográficos da seção Gráfico do Nexo Jornal no período de 2015 a 2019, considerando aspectos como periodicidade trimestral, diferentes temáticas e representação gráfica. A análise ancorou-se nas concepções do Grupo de Nova Londres (1996), da Gramática do Design Visual de Kress e Van Leeuwen (2001) e nas reelaborações de Cope e Kalantzis (2009a, 2009b) sobre o tema. Os resultados da análise evidenciam que não houve aumento na quantidade de recursos visuais utilizados, mas mudanças na maneira como os recursos visuais passaram a ser empregados: cada vez mais articulados e indissociáveis na produção de sentidos.
O presente estudo tem como objetivo analisar as práticas multiletradas mobilizadas pelos elementos de gamificação presentes em Livros Literários Infantis digitais interativos em formato de Aplicativos (LLIA) que contribuem para a formação do leitor literário na infância. Para tanto, delimitou-se como corpus de pesquisa LLIA finalistas do BolognaRagazzi Digital Award (Itália) no ano de 2016 e do Prêmio Jabuti (Brasil) na categoria “Infantil Digital” nos anos de 2015, 2016 e 2017. Trata-se de pesquisa qualitativo-interpretativista, cujo arcabouço teórico-metodológico ancora-se nos estudos dos multiletramentos, da literatura infantil digital, da gamificação, entre outros. Identificou-se que na relação entre as narrativas dos LLIA e os elementos de gamificação, estes contribuem para deixar os enredos mais emocionantes, pois os roteiros das histórias contemplam níveis progressivos, desafios, missões, busca por recompensas e retroalimentações, que possibilitam maior integração dos conteúdos com o imaginário do leitor, oportunizando que este imponha o seu ritmo de leitura.
O percurso traçado pela literatura infantil evidencia um deslocamento da ideia de instrumento formativo para um meio de expressão artística, capaz não só de contribuir para o processo de formação individual do leitor, como também de ampliá-lo por meio da incorporação de paradigmas emergentes, que compreendem esse agente como participante e a quem o texto passa a pertencer mediante a possibilidade que se tem de, entre outras coisas, tecer intertextualidades, atribuir sentidos às construções formais, questionar e problematizar situações e formas de abordagem de determinadas temáticas. Considerando esse cenário, o presente artigo empreende uma análise da narrativa A terra dos meninos pelados ([1937] 2015), de Graciliano Ramos, de caráter qualitativo-interpretativista, com foco na mobilização de procedimentos estéticos e temáticos categorizados entre paradigmas importantes para o desenvolvimento da história da literatura infantil. Para tanto, pauta-se na linguagem literária como invenção, na concepção da criança como ser em formação (GREGORIN FILHO, 2011), na intertextualidade (CUNHA, 2012) e no tratamento de temáticas fraturantes (RAMOS; NAVAS, 2015). O corpus da pesquisa constitui-se da própria narrativa infantil e de leituras gerais (BUENO, 2016) e específicas (RAMOS FILHO, 2016) da obra de seu autor. Os resultados da análise evidenciam a integração da obra em diferentes movimentos, a saber, em um conjunto mais amplo da produção de seu autor e, também, na consolidação da literatura infantil como produção autônoma, não desvinculada da ludicidade e da formação de seus leitores, mas não submetida a finalidades objetivas impostas por conveniências sociais.
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