Os stocks Santa Maria (SSM) e Monte Pedral (SMP) são correlacionados à Suíte Intrusiva Serra do Catu (SISC) associada à Orogenia Brasiliana. Estes stocks são intrusivos nos terrenos do Domínio Canindé, Sistema Orogênico Sergipano, e localizam-se no extremo noroeste do Estado de Sergipe. Os dados petrográficos e geoquímicos sobre estas rochas indicam que elas são as mais evoluídas da SISC, têm granulação média a grossa, são isotrópicas e ocasionalmente porfiríticas. Enclaves máficos são abundantes. O SSM é formado por álcali-feldspato granito e hornblenda granito e o SMP por hornblenda quartzo monzonito e hornblenda granito. Os dados geoquímicos indicam que as rochas são shoshoníticas e apresentam assinatura de magmatismo de arco e posicionados em período pós-orogênico.
O Domínio Macururé aloja uma importante granitogênese neoproterozoica, que registra os principais eventos ocorridos durante a evolução do Sistema Orogênico Sergipano. O Stock Lagoa de Dentro (SLD) é um dos representantes do magmatismo granítico leucocrático identificado no Domínio Macururé, cuja gênese é, em parte, atribuída à fusão dos seus metassedimentos. O SLD possui 13 km2 de área e encontra-se intrusivo nos metassedimentos psamo-pelíticos dos municípios de Gracho Cardoso e Cumbe. Suas rochas têm cor cinza a rosa, granulação média, são hololeucocráticas e equigranulares. Os tipos petrográficos que compõem o stock são Muscovita Álcali-Feldspato Granito, Muscovita Monzogranito e Monzogranito. Os dados geoquímicos revelam que as rochas do SLD são fortemente fracionadas (SiO2>67%), peraluminosas (1,1<A/CNK<1,5), potássicas e apresentam afinidade com as suítes Cálcio-Alcalinas de Alto K e Shoshonítica. Os conteúdos de elementos traços posicionam as rochas estudadas no campo dos granitos sin-colisionais, com uma assinatura de magmas gerados em ambiente de arco vulcânico.
Corpos leucograníticos relacionados ao Ciclo Brasiliano apresentam ampla distribuição no Sistema Orogênico Sergipano, localizado no setor extremo sul da Província Borborema. O Stock Lagoa de Dentro (SLD) é um representante desse magmatismo, que intrude as rochas metassupracrustais do Domínio Macururé, na porção centro-norte do estado de Sergipe. Trata-se de uma intrusão com cerca de 13 km2 de área aflorante, constituída por monzogranitos e álcali-feldspato granitos à duas micas. Neste artigo são apresentados e discutidos dados químicos dos principais minerais identificados nas rochas do SLD. Os feldspatos são homogêneos em composição e geralmente ocorrem como fases puras de ortoclásio (Or92-97) e albita (An1-7). A mica dioctaédrica possui composição intermediária entre muscovita e celadonita, dada pela substituição de VIAl por Fe+Mg nos sítios octaédricos, acompanhada pela substituição de IVAl por Si nas posições tetraédricas. A biotita é ferrosa e mostra sinais de reequilíbrio, refletindo variados graus de cloritização e oxidação observados nos estudos petrográficos. Em diagramas de associações magmáticas, a biotita exibe afinidade com as suítes graníticas peraluminosas e caráter transicional entre as séries Cálcio-Alcalina e Alumino-Potássica. O epídoto (Ps18-24) é aluminoso e ocorre como um mineral primário, cristalizado precocemente, e como produto de alteração hidrotermal de plagioclásio. A apatita corresponde a fluorapatita (FAp51-82) e o zircão possui assinatura de granitos anatéticos, derivados de fontes crustais (Zr/Hf~30). As composições da ilmenita mostram-se enriquecidas nas moléculas de pirofanita (Php3-14) e ecandrewsita (Ec1-20) e sugerem que o SLD se cristalizou a partir de um magma com baixa fugacidade de oxigênio.
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