Introdução: No Brasil, o abuso do consumo de álcool tem se iniciado cada vez de forma mais precoce, sendo no período universitário o de maior intensificação e de maior risco para a cronicidade. Dessa forma, os alunos de medicina lidam com a privação da convivência familiar, carga horária excessiva e burnout, que são fatores capazes de potencializar o vício. Assim, paralelo ao fato destes serem os futuros responsáveis pela promoção da saúde na população, esta revisão de literatura tem como objetivo abordar o consumo de álcool por estudantes da área médica, discutindo os trabalhos e resultados já existentes para ampliar a discussão e instigar novos trabalhos a respeito do tema, tendo em vista sua importância em termos de educação e saúde pública.  Objetivo: Revisar sistematicamente materiais que tratem sobre o uso de álcool entre estudantes de medicina de modo a analisar as características desse uso e os fatores que corroboram para o mesmo. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática a respeito do uso de álcool pelos estudantes de medicina do Brasil, as características desse abuso e os fatores associados. Trata-se de uma revisão sistemática, sendo uma análise de um montante de materiais a fim de categorizar informações pertinentes e organizá-las, com a finalidade de caracterizar o abuso supracitado. Os bancos de dados utilizados foram o Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e o Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e os descritores postos foram “Alcoolismo”, “estudantes” e “medicina”.  Resultados: Os principais resultados obtidos através da análise dos dados evidenciaram que o consumo de álcool pelos estudantes de medicina é maior entre homens, o qual se agrava nos últimos anos da faculdade, devido à sobrecarga emocional vigente. Além disso, pudemos observar que as festas de faculdade são os ambientes em que há maior consumo da bebida alcoólica, ocorrendo uma predileção cerveja. Ademais, morar longe dos pais e não ter uma religião são importantes fatores de risco. Conclusão: Constata-se que, no contexto universitário, os estudantes de medicina estão expostos a vários fatores de risco, como, o alto número de eventos sociais, a alta pressão exercida pelo curso e a maior liberdade alcançada. Por essa razão, é de suma importância promover a discussão sobre a abordagem do uso de álcool e suas consequências nos cursos da área da saúde, uma vez que estes estudantes, futuramente orientarão pacientes.