Resumo OBJETIVO Identificar os benefícios, facilitadores e barreiras na implementação da lista de verificação de segurança cirúrgica, segundo o relato de enfermeiros que atuavam no centro cirúrgico de hospitais. MÉTODO Estudo transversal, com 91 enfermeiros em 25 hospitais de dois municípios do Paraná. Na coleta dos dados, entre 2015 e 2016, utilizou-se dois instrumentos estruturados. Para a análise, utilizou-se o teste exato de Fisher ou Qui-Quadrado. RESULTADOS A implementação do checklist acarretou benefícios para o paciente, equipe cirúrgica e hospitais. Sobre os facilitadores, os resultados apresentaram diferença estatisticamente significante entre os grupos nos itens oferta de educação (p=0,006) e aceitação pelos cirurgiões (p=0,029). E, nas barreiras, para a falta de apoio administrativo (p=0,006) e chefias (p=0,041), ausência do núcleo de segurança do paciente (p=0,005), lista introduzida abruptamente (p=0,001) e ausência de educação (p<0,001). CONCLUSÃO As evidências geradas possibilitaram identificar os benefícios, facilitadores e barreiras na implementação do checklist no contexto nacional.
Objective:to analyze the evidence available in the literature on the process of implementing the Surgical Safety Checklist, proposed by the World Health Organization, in the practice of health services. Method:integrative review, the search for primary studies was performed in three relevant databases in the health area, and the sample consisted of 27 studies, which were grouped into three categories. Results:the synthesis of the evidence indicated the different strategies that can be adopted in the implementation process (introduction and optimization) of the Surgical Safety Checklist, and the facilitators and barriers that determine the success in using this tool. Conclusion:in health services, implementing the checklist is a complex and challenging process that requires effective leadership, clear delegation of responsibilities from each professional, collaboration between team members, and institutional support. The synthesis of the generated knowledge can assist nurses in decision making, especially in identifying strategies for the effective implementation of the Surgical Safety Checklist, since nursing has the potential to be a protagonist in the planning and implementation of best practices for patient safety.
Objetivo: Buscou‑se apreender a percepção da equipe de Enfermagem sobre a relação entre trabalho em centro cirúrgico (CC) e saúde.Método: Pesquisa descritiva e qualitativa, realizada em hospital de médio porte da Região Noroeste do Paraná. Vinte e três membros da equipe de Enfermagem atuantes em CC participaram desta pesquisa. Em setembro de 2014, os dados foram coletados por meio de entrevista com duas questões norteadoras. Os resultados foram agrupados em categorias temáticas, de acordo com a Análise de Conteúdo de Bardin, e interpretados no referencial teórico de Dejours. Resultados: Apreendeu‑se que a Enfermagem vivenciou uma dualidade de sentimentos: satisfação/prazer — representada pelas relações interpessoais estabelecidas no trabalho, pelo aprendizado constante e pelo conhecimento científico — e sofrimento — decorrente da organização do processo de trabalho e manifestado por sintomas físicos e psicossociais que repercutem na saúde. Conclusão: Reconhecer a relação entre trabalho e saúde e os fatores geradores de sofrimento no trabalho em CC é fundamental para subsidiar estratégias de promoção da saúde do trabalhador e melhoria das condições de trabalho.
Objetivo: Identificar a prática da profilaxia antimicrobiana cirúrgica adotada pelos profissionais atuantes em centro cirúrgico. Método: Estudo descritivo com abordagem quantitativa. Participaram 30 profissionais de centro cirúrgico localizado na região Noroeste do Paraná, Brasil. A coleta de dados ocorreu em 2012 por observação direta. Para análise, utilizou-se a estatística descritiva. Resultados: Constatou-se que em 81 (81%) das cirurgias, limpas, potencialmente contaminadas e contaminadas, a profilaxia antimicrobiana cirúrgica foi realizada. Entretanto, na maioria delas (54/66,6%), o antimicrobiano não foi administrado dentro de uma hora antes da incisão cirúrgica. Adicionalmente, em seis (18,1%) cirurgias potencialmente contaminadas e em uma (33%) contaminada, em que seu uso é indispensável, o antimicrobiano não foi utilizado. Conclusão: Evidenciou-se que esta prática descumpre as recomendações vigentes, o que afeta a sua eficácia em prevenir infecção de sítio cirúrgico e compromete a segurança do paciente. Palavras-chave: Segurança do paciente. Antibioticoprofilaxia. Enfermagem perioperatória.
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