O envelhecimento é um processo universal e multifatorial que acontece em um contexto de grandes mudanças, principalmente na configuração dos arranjos familiares, com repercussão na busca por Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). O sedentarismo é um fator marcante nas ILPIs, levando idosos rapidamente ao estado de dependência e incapacidade funcional. O objetivo deste estudo foi identificar a produção científica a respeito de fatores relacionados à capacidade funcional de idosos residentes de ILPIs, por meio de artigos indexados nas bases de dados eletrônicas LILACS e SciELO, no período compreendido entre 2010 e 2014. Foram selecionados 11 artigos. Foi observado que os estudos tendem a ser descritivos e transversais, sendo que apenas um artigo teve intervenção com a prática de atividade física. Outro fator notório foi a presença de doenças crônicas não transmissíveis, bem como a predominância do sexo feminino. Os estudos relatam também um menor desempenho cognitivo e uma aptidão funcional baixa, alta incidência de quedas, dependência nas atividades de vida diária e aumento de peso. A intervenção com equipe multidisciplinar é indispensável para a melhoria e manutenção da capacidade funcional e independência de idosos institucionalizados. Destaca-se a necessidade de desenvolvimento de novos estudos e produções científicas com essa temática, uma vez que a população idosa no Brasil deve continuar aumentando e, consequentemente, tende a crescer também o número de institucionalizações.
O tipo de exercício, a intensidade e a frequência são fatores importantes para produzir mudanças na velocidade de andar. O objetivo do estudo foi comparar os efeitos de diferentes tipos de exercício nos parâmetros cinemáticos do andar de idosas, considerando as características antropométricas, a capacidade funcional e o nível de atividade física. Participaram do estudo 56 idosas que foram agrupadas de acordo com o envolvimento, a mais de seis meses, na prática específica de uma atividade: dança (n = 10), musculação (n = 10), hidroginástica (n = 12) e caminhada (n = 11). Além disso, um grupo de idosas inativas (n = 13), sem envolvimento em atividade física regular por pelo menos dois meses, também participou do estudo. Foram mensurados o nível de atividade física (Questionário de Baecke), a capacidade funcional (Bateria da AAHPERD) e os parâmetros cinemáticos do andar (comprimento da passada e do passo, duração e velocidade da passada, cadência e duração das fases de suporte simples, balanço e duplo suporte). Os resultados revelaram que o nível de atividade física do grupo Controle foi diferente dos demais grupos que praticam atividades físicas. Em relação à capacidade funcional, apenas o componente força apresentou diferenças entre os grupos, indicando que o grupo Controle difere do grupo musculação. Quanto às variáveis do andar, o grupo Controle foi estatisticamente diferente apenas do grupo dança, tanto no comprimento do passo como no comprimento da passada. Pode-se concluir que a capacidade funcional e os parâmetros do andar dos idosos ativos e sedentários apresentam poucas diferenças
Objective. To verify the correlation between muscle mass and neuromuscular function in muscle strength of women practicing and not practicing physical activities. Methods. This is a cross-sectional study conducted with older women (60 and over), physically active (fa) and physically inactive (fi). The muscle strength of the upper limb (handgrip strength - hgs; resisfor test) and lower limb (30 second chair stand test) were evaluated; as well as muscle mass (calf circumference - cc); and neuromuscular activity (semg) of the following muscles: flexor carpi radialis (fcr) and biceps brachii (bb) (upper limb); vastus lateralis (vl), vastus medialis (vm) and tibialis anterior (ta) (lower limb). The student t test and multiple linear regression were used (95%; p <.05). Results. Overall, 59 women were evaluated (71.5 ± 7.1 years), 31 fa and 28 fi. Fa women had significantly better values in dynamic muscular strength tests of the upper (p=.001) and lower limbs (p<.0001). There was no significant difference in muscle mass between groups. After adjustment for covariates, there was relationship between cc and activity of fcr muscle with hgs (r2adj.= 0.64), and cc with the 30 second chair stand test (r2adj.= .39) in fa women. Among fi women, there was significant correlation between activity of fcr muscle and hgs (r2adj.= .35) and cc and neural activity of fcr with resisfor (r2adj.= .66). Conclusion. Physical exercise was related to higher dynamic muscle strength. Differences in the relationship between muscle mass and neuromuscular activity with strength in each test indicate physiological differences for each strength exercise applied.
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