O experimento foi realizado no horto de plantas medicinais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Dourados, de abril a setembro/2000. Avaliou-se o efeito do uso de cama-de-aviário semidecomposta incorporada ao solo e populações de plantas sobre as características morfológicas, a produção e a qualidade do óleo essencial dos capítulos florais da camomila cv. 'Mandirituba'. Os fatores em estudo deram origem aos nove tratamentos, combinando respectivamente espaçamentos entre plantas (m) e cama-de-aviário (kg m-2): 0,16 e 1,2; 0,24 e 1,2; 0,16 e 2,8; 0,24 e 2,8; 0,20 e 2,0; 0,11 e 1,2; 0,29 e 2,8; 0,16 e 0,2 e 0,24 e 3,8, dispostos no delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições. As características avaliadas foram altura de plantas; número, altura e diâmetro, massa fresca e seca e análise qualitativa do óleo essencial dos capítulos florais. A altura média máxima das plantas da camomila 'Mandirituba' foi de 0,61 m, sendo considerada cultivar de porte baixo. Não houve efeito significativo da interação espaçamentos entre plantas e cama-de-aviário sobre as características avaliadas. A produção dos capítulos florais foi influenciada mais intensamente pelo espaçamento entre plantas do que pela cama-de-aviário. O menor espaçamento induziu os maiores números (56,57 milhões ha-1) e massas secas dos capítulos florais (1.080 kg ha-1). As alturas (0,71 a 0,81 cm aos 100 dias e 0,68 a 0,71 cm aos 116 dias após transplante), o diâmetro (1,96 a 2,13 cm aos 100 dias e 1,83 a 1,91 cm aos 116 dias após transplante) e a massa unitária dos capítulos florais (0,12 g) não foram significativamente influenciados pelos tratamentos estudados. A produção média de massa seca dos capítulos florais (800 kg ha-1) foi maior que a média brasileira convencional (500 kg ha-1). O óleo essencial obtido, nas amostras dos nove tratamentos, apresentou cor azul intensa e odor característico, como descrito na literatura para os óleos de boa qualidade e apropriados para a comercialização.