RESUMO: Trata-se de compreender a formação da terapia ocupacional social como campo de reflexão e de intervenção, definido sociologicamente a partir da atenção a grupos sociais em processos de ruptura das redes sociais de suporte. Cabe, por um lado, buscar nexos capazes de dar conta de uma terapia ocupacional que vem se constituindo fora do eixo estruturador saúdedoença. Por outro, problematizar a relação entre a terapia ocupacional, a sociedade e a cultura na qual sua ação se inscreve. É preciso delinear princípios metodológicos que permitam pensar a prática, transcendendo o momento empírico sem aprisionar a reflexão em teorias redutoras ou em modelos predefinidos, que impossibilitam a compreensão do movimento do real, da história e da vida em seu contexto. Para isto, retoma-se a história recente da terapia ocupacional, a fim de compreender a emergência da questão social na reflexão e na prática da terapia ocupacional em São Paulo, o social como contexto de intervenção do terapeuta ocupacional, os processos de desinstitucionalização, a importância das ações territoriais em terapia ocupacional e, finalmente, os conceitos que permitem definir a atenção a grupos sociais em processos de ruptura das redes sociais de suporte na prática da terapia ocupacional. DESCRITORES: Terapia ocupacional/tendências. Medicina social. Desinstitucionalização.
RESUMO: O presente artigo aborda as mudanças atuais nas relações de trabalho e a maneira como essas mudanças afetam a saúde mental e a vida dos trabalhadores. Discute novas perspectivas práticas e teóricas em Terapia Ocupacional no campo da saúde e trabalho.
OBJECTIVE:To describe forms of external and indirect violence that affect the mental health of workers of the Programa Saúde da Família (Family Health Program), as well as the strategies developed by these workers to enable their work and to be psychologically protected.
METHODS:Qualitative study on the Programa Saúde da Família work process, performed in the cities of São Paulo, Ribeirão Preto and Embu (Southeastern Brazil) in 2005. Theoretical approach of psychodynamics of work, which proposes the formation of refl ection groups with workers, was employed. Subjective aspects of work, situations of psychological suffering and strategies used by workers to deal with suffering and continue to work were sought to be identifi ed.
RESULTS:The Program's work organization exposed workers to the following: situations of violence, invisible at times; feeling of impotence in the face of precarious situations; lack of acknowledgement of efforts made; lack of borders between professional and personal aspects; intense experiences of social and domestic violence; fear of risk of exposure; feeling of moral and physical integrity being threatened; and fear of reprisal. Situations of psychological suffering resulting from violence in the workplace were observed. These became more intense in the Programa Saúde da Família due to regular contact with situations of violence that cause fear and a feeling of vulnerability.
CONCLUSIONS:Psychological repercussions caused by violence in the workplace, not always expressed in the form of psychological disorders, were observed in situations of intense suffering. Workers develop strategies to minimize suffering, protect themselves psychologically and continue to work; and seek to create solidarity and protection networks with the population, aiming to reduce vulnerability. With the experience gained, they learn to detect high-risk situations, avoiding those they believe to be threatening.
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