Em uma sociedade cada dia mais globalizada, o ser humano se viu obrigado a percorrer longas distâncias terrestres com maior eficiência e eficácia. Para tal, este se utiliza de vários meios mecânicos para o deslocamento de um ponto a outro. Na atualidade, o que possui maior destaque é o automóvel que, desde sua criação, tem sido aprimorado conferindo maior conforto, ergonomia, bem estar e segurança a seus usuários. Com o aumento da expectativa de vida e o crescimento mundial do número de idosos ativos que ainda se utilizam do automóvel como meio de transporte, alarma-nos os poucos números de estudos relacionados à adequabilidade e facilidade de uso do automóvel a este tipo de usuário. O painel de instrumentos e o volante são tradutores da comunicação do automóvel com o usuário e possuem uma configuração visual que, dentre outras coisas, funcionam como uma linguagem de significados, um canal de comunicação do veículo com o usuário. O entendimento eficiente se dá quando o usuário entra em contato com um produto inédito para o seu repertório e, consegue desempenhar tarefas de modo inato, sem o uso de manuais e de acordo com a sua expectativa. Para tanto, partiu-se do pressuposto de que a intuição ajuda no processo de interação na relação humano-produto. Esta pesquisa envolve o conhecimento intuitivo do uso de interface adquirido através da experiência com o produto e objeto de estudos, o automóvel. Para garantir a segurança do usuário durante a interação com o produto é necessário evitar qualquer problemas na distribuição de atenção, na tomada de decisões e até na usabilidade do sistema humano-tarefa-veículo. A carga mental não pode ocasionar equívocos e busca-se com a pesquisa métodos mais eficazes para o uso do sistema. Desta forma, essa pesquisa busca conhecer qualitativamente a cognição do idoso com base no subsistema do carro: o volante e os painéis de instrumentos. Através da aplicação de princípios de usabilidade da ISO 9241, realizou-se testes qualitativos com três idosos em três veículos populares brasileiros. Que serviram como suportes para melhorias no design de volantes e painéis de instrumentos. O designer tem a incumbência de utilizar corretamente os agentes de interpretação na concepção dos automóveis, e entender as relações cognitivas entre o volante e painel de instrumentos com o condutor idoso, a fim de despertar e/ou provocar o uso intuitivo.
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