In contemporary societies, adolescents' individuation is largely staged within the educational system, and is defined by several schooling options. This is particularly true when young people reach upper secondary education, as this transition implies the definition of a personal project. In the Portuguese context, authenticity is linked to the ‘obligation’ of choosing – by means of a compulsory vocational choice. To define a personal project that gives studies a meaning becomes a problem pupils have to deal with. Supported on empirical data based on in‐depth interviews to pupils attending 10th and 12th years of upper secondary education in Portuguese public schools, this article discusses some of these issues. Specially, we intend to explore pupils' obligation to exhibit their autonomy by choosing a school path with the awareness of risks that may emerge along with their options.
Este artigo constitui uma abordagem exploratória ao tema da ética e da deontologia em Sociologia. A partir do repto feito pela Direcção da Associação Portuguesa de Sociologia ao seu Conselho Deontológico para proceder à revisão do código que regulamenta a actividade científico-profissional dos sociólogos em Portugal, este ensaio tem por objectivo identificar alguns dos desafios que hoje se colocam ao exercício desta actividade e que urge ver equacionados nessa actualização normativa. O suporte empírico desta reflexão baseia-se na recolha e análise documental de regulamentos deontológicos em Ciências Sociais afins, bem como das cartas de princípios éticos elaboradas pelas principais associações europeia e internacional de sociólogos. Este confronto comparativo permite delimitar um conjunto de nove temas dilemáticos e uma sugestão final, que pretendem ser contributos para desencadear um debate alargado à comunidade de sociólogos sobre ética e deontologia profissional.
A obrigação de frequentar a escola, por um período de tempo cada vez maior, transformou a escolarização numa dimensão crucial da construção biográfica. A transição para o ensino secundário revela-se, neste aspeto, um momento particularmente crítico, uma vez que o jovem é convidado a definir um projeto (de futuro), através duma escolha de via escolar. Ora, ocorrendo numa etapa da vida — a adolescência — caracterizada pela adesão a uma ética de exploração, esta projeção no futuro pode levar a uma tensão entre ritmos biográficos (baseados na exploração) de construção de si e calendários institucionais (baseados na obrigação de escolher) impostos pelo sistema de ensino. Neste artigo, propomos um modelo de trajetórias escolares no ensino secundário que leva em conta tais tensões.
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