Considerando a educação ambiental como instrumento de transformação e uma prioridade entre as ações rumo ao desenvolvimento sustentável, o projeto de extensão universitária “Meliponário didático: uma estratégia para a conservação das abelhas sem ferrão no semiárido piauiense” visa a sensibilização de crianças e jovens, estudantes da educação básica do município de Picos e região, quanto à importância e conservação das abelhas nativas do semiárido piauiense. O presente artigo tem como objetivo relatar as ações e impactos do referido projeto desenvolvido na Universidade Federal do Piauí, em Picos. Para isso, descreveu-se o projeto a partir da consolidação do espaço de aprendizagem, desde a formação dos acadêmicos e monitores até a realização das visitas. Os visitantes primeiramente assistem à uma aula, ministrada pelos próprios acadêmicos, sobre as abelhas e seguem para o Meliponário onde observam as abelhas em atividade. Durante as visitas a observação de algumas expressões espontaneamente pronunciadas pelos alunos, nos auxiliam a avaliar os impactos positivos do projeto para a conservação das abelhas nativas, como: “Professora, as abelhas são os cupidos da natureza!” De abril de 2018 a novembro de 2019 foram recebidos 560 visitantes da rede pública de ensino de Picos, de IES e de outros municípios. Considera-se que as ações educativas promovidas no Meliponário Didático da UFPI configuram estratégias eficazes e necessárias para a constituição de uma relação sustentável com as abelhas. Palavras-chave: Caatinga; Educação Ambiental; Meliponicultura; Biodiversidade Didactic meliponary: University extension as a strategy for the conservation of stingless bees in the Piauí semiarid Abstract: Considering Environmental Education as an instrument of transformation and a priority among actions towards sustainable development, the university extension project "Didactic meliponary: a strategy for conservation of stingless bees in the semi-arid region of Piauí" aims to raise the awareness of children and young people, students of primary education in the municipality of Picos and region, regarding the importance and conservation of native bees in the semi-arid region of Piauí. This paper aimed to report the actions and impacts of the referred project developed at the Federal University of Piauí, in Picos, Piauí State, Brazil. The consolidation of the learning space and the training of the monitors to conduct the visits were described. Visitors first attend a class taught by the academics about bees and proceed to the meliponary ("Meliponário") to observe the active bees and their social structure. During the visits, expressions spontaneously pronounced by the students are noted, which helps us to assess the positive impacts of the project for the conservation of native bees. One of the expressions was: "Teacher, bees are nature's cupids!" From April 2018 to November 2019, 560 visitors from public schools in Picos, IES, and other municipalities were received. It is considered that the educational actions promoted at UFPI's Didactic Meliponary are an effective and necessary strategy for the constitution of a sustainable relationship with bees. Keywords: Caatinga; Environmental Education; Meliponiculture; Biodiversity
Objetivou-se analisar a abordagem dos conteúdos referentes à importância das abelhas em livros didáticos de Biologia do Ensino Médio. Foram estabelecidos critérios de avaliação quanto aos assuntos considerados relevantes para o entendimento no que concerne à importância desses insetos. Dos 10 livros analisados, 8 abordaram pelo menos um dos critérios de análise. Observou-se que 60% dos livros conceituaram a polinização e 30% destacaram as abelhas como os principais polinizadores. O conteúdo “desaparecimento das abelhas” apareceu em 30% dos livros. É preciso ampliar as discussões sobre a diversidade, importância e as consequências do desaparecimento das abelhas nos livros didáticos de biologia.
Objetivou-se mapear e identificar os meliponários educativos na região Nordeste do Brasil. Para tanto, foi enviado via Whatsapp ou Direct no Instagram um formulário, com perguntas direcionadas aos meliponicultores e/ou representantes de instituições identificados. Para a realização do mapeamento foi utilizada o recurso da plataforma Google, My Maps. Como resultado, foram cadastrados 20 meliponários educativos distribuídos em todos os Estados do Nordeste. Foram mencionadas 18 espécies de abelhas criadas nesses meliponários, sendo que as mais citadas foram: Frieseomelitta sp, Melipona subnitida, Melipona scutellaris, Melipona rufiventris, Plebeia sp e Melipona fasciculata. O público visitante é diverso, constituído por estudantes da rede de ensino básico, universitários, profissionais da área da nutrição e gastronomia, entre outros. As visitas ocorrem durante todo o ano, na maioria das vezes, a partir de agendamento prévio por meio do contato disponível nas redes sociais. Os meliponários educativos em sua maioria (75%) foram construídos e são mantidos por meio de esforços e iniciativas individuais de seus coordenadores e, mesmo os projetos vinculados com Instituições de Ensino Superior, em grande parte, não recebem aporte financeiro para a realização de suas atividades. Sobre os impactos das ações educativas desenvolvidas em seus meliponários, a maioria dos entrevistados responderam que são positivos. A construção do mapa colaborativo de meliponários didáticos pode facilitar e incentivar a visitação de pessoas interessadas em conhecer as abelhas e dessa maneira, se constituir em um importante instrumento, contribuindo para o desenvolvimento das ações voltadas para a conservação desses importantes insetos.
O objetivo do trabalho foi determinar as espécies vegetais utilizadas por abelhas da espécie Melipona quadrifasciata Lepeletier, 1836, para a coleta de pólen. O estudo foi realizado por meio da análise melissopalinológica das cargas de pólen coletadas nas corbículas das abelhas campeiras durante o regresso aos seus ninhos. A comparação do material coletado com os grãos de pólen constituintes da palinoteca, da Universidade Federal do Piauí, permitiu a identificação de seis espécies vegetais associadas aos tipos polínicos mais representativos nas análises: Anadenanthera macrocarpa, Caesalpinia pyramidalis, Mimosa arenosa, Mimosa verrucosa, Spondias tuberosa, Waltheria rotudifolia. Dentre estas, quatro são pertencentes à família Fabaceae, com espécies vegetais da subfamília Mimosoideae. Observou-se que o mês de novembro apresentou maior quantidade e diversidade de pólen coletado. Embora tenha sido observada uma diversidade de espécies vegetais em florescimento na região de estudo, as abelhas apresentaram preferências bastante específicas no que diz respeito à coleta de pólen para a alimentação e manutenção das colônias. Dessa maneira, concluiu-se que as abelhas Melipona quadrifasciata L., no presente estudo, apresentaram preferência pelo pólen proveniente de plantas nativas da Caatinga, especialmente de espécies arbóreas.
Objetivou-se nesse trabalho avaliar a abordagem dos conteúdos referentes às espécies vegetais nativas e exóticas no Brasil em livros didáticos de Ciências e Biologia. Foram analisados 10 livros didáticos de Ciências (7º ano do Ensino Fundamental) e de Biologia (2º ano do Ensino Médio), recomendados pelo Plano Nacional do Livro Didático (PNLD). Foram estabelecidas seis categorias de avaliação dos conteúdos em relação à abordagem dos assuntos considerados importantes para o entendimento quanto à importância das espécies nativas e o prejuízo que as espécies exóticas levam ao meio em que estão inseridas – conceito e importância das espécies nativas; conceito e impactos oferecidos pelas espécies exóticas; exposição através de imagens das espécies nativas e exóticas; destaque para as espécies nativas do Brasil; destaque para as espécies nativas em risco de extinção; e dicas de manejo e preservação das espécies nativas. Do total de livros analisados, apenas três contemplaram as categorias da pesquisa, em destaque três das seis categorias. Observou-se que as categorias que foram mais contempladas pelos livros foram: destaque das espécies nativas do Brasil (10 livros) e dicas de manejo e preservação das espécies nativas do Brasil (4 livros). Conclui-se que, os livros didáticos precisam melhorar a forma de abordagem dos conteúdos ampliando as discussões sobre a preservação ambiental nos livros de Ciências e Biologia e que os professores devem avaliar de forma mais criteriosa os livros que serão utilizados nas escolas, buscando obras que melhor retratem o cenário atual e local.
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