; Alberto R. Ferraz, TCBC-SP 5 RESUMO: Objetivo: O hipoparatireoidismo que se sucede à tireoidectomia total é uma complicação relativamente freqüente, porém, em geral, assintomática. O presente estudo foi realizado a fim de correlacionar níveis séricos pós operatórios de cálcio com sinais e sintomas de hipocalcemia. Método: Cinqüenta e sete pacientes submetidos à tireoidectomia total foram estudados retrospectivamente na Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A dosagem sérica de cálcio, total ou ionizado,foi correlacionado com a presença, ou não, de sinais e sintomas de hipocalcemia, no pós-operatório imediato e tardio. Resultados: A hipocalcemia precoce ocorreu em 37% dos casos e em 18% na fase tardia. Após seis meses da cirurgia, 50% dos pacientes sintomáticos não eram hipocalcêmicos e do total de hipocalcêmicos 57% eram assintomáticos. Conclusões: A avaliação clínica exclusiva pós-operatória não se mostrou confiável para o diagnóstico de hipocalcemia. A dosagem de cálcio deve ser feita como rotina após tireoidectomias totais.Descritores: Tireoidectomia; Hipoparatireoidismo; Hipocalcemia. INTRODUÇÃOHipocalcemia após tireoidectomia total é uma complicação comum e ocorre entre 0 e 87% dos casos [1][2][3][4][5][6][7] . Nos últimos 10 anos vários autores relataram taxas de hipocalcemia temporária entre 6 e 87% 2,3,4,7-13 . A hipocalcemia permanente ocorre entre 0 e 33% nos casos de tireoidectomia total, a maioria assintomáticos 2,3,4,[7][8][9][10][11][12][13][14][15][16] . O diagnóstico pós-operatório é possível por meios clínicos e laboratoriais. Quando baseado somente em dados clínicos é pouco confiável devido à subjetividade das manifestações clínicas e, assim, a dosagem do cálcio sérico é recomendável 17 . O objetivo do estudo foi a comparação dos níveis de cálcio séricos pós-operatórios com a sintomatologia apresentada pelos pacientes. MÉTODOCinqüenta e sete pacientes submetidos à tireoidectomia total foram estudados retrospectivamente na Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.Os sintomas clínicos pesquisados no pós-operató-rio foram os clássicos de hipocalcemia, como astenia e formigamentos e os sinais de Chvostek e Trousseau, avaliados em dois períodos: no 2 o dia pós-operatório, e seis meses após a cirurgia. O cálcio sérico, total ou ionizado, foi medido nos mesmos períodos. O nível de cálcio mínimo para o diagnóstico de hipocalcemia foi de 8,0mg/dL (total) e 1,12 mmol/L (ionizado). A hipocalcemia foi considerada intensa quando o cálcio total foi abaixo de 7,0mg/dL ou o ionizado menor que 0,98mmol/L 5,18-21 . Dezenove pacientes foram avaliados nas primeiras 48 horas e 38 em seis meses.A técnica cirúrgica empregada foi a clássica 22 . Os ramos distais da artéria tireóidea inferior foram ligados junto à cápsula evitando-se a ligadura troncular da mesma. Não foi realizada uma procura intencional das paratireóides, mas quando identificadas, for...
OBJETIVO: Avaliar o método de punção biópsia aspirativa por agulha fina (PBAAF), técnica relativamente simples, de conhecida importância em cirurgia de cabeça e pescoço. Sua indicação em doenças das glândulas salivares, no entanto, especialmente na parótida, ainda é muito controversa na literatura. O diagnóstico pela PBAAF permite o adequado planejamento terapêutico e preparo do paciente. Muitos, porém, alegam que seu emprego acrescenta muito pouco à conduta terapêutica, além de ser procedimento doloroso e elevar o custo do tratamento. MÉTODO: Os autores analisaram os prontuários de 247 pacientes submetidos a parotidectomias, realizadas entre 1986 e 1998, comparando a punção aspirativa por agulha fina com o anatomopatológico definitivo. Isso foi possível em 211 casos. Houve predomínio do sexo feminino, com idade variando de dez a 84 anos. RESULTADOS: Os tumores benignos foram os mais prevalentes, correspondendo a 85,3% dos casos, com predomínio do adenoma pleomórfico. A punção por agulha fina permitiu diferenciar tumores benignos de malignos em 165 casos (78,1%) e acertou o diagnóstico histológico em 77,6 %. CONCLUSÕES: Concluímos que a PBAAF é um método eficiente e simples que fornece ao cirurgião diagnóstico das neoplasias na grande maioria das vezes e deve fazer parte, sempre que possível, da documentação pré-operatória.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.